Representantes das trabalhadoras e trabalhadores técnico-administrativos em Educação da UFJF (campus Juiz de Fora e Governador Valadares), fazem parte das comissões de elaboração do novo Plano de Desenvolvimento Institucional da UFJF 2022-2026 (PDI). Principal instrumento oficial de planejamento estratégico da instituição que norteia a vida universitária, o documento tem vigência de 5 (cinco) anos. Sua elaboração afeta todas as decisões estratégicas da instituição ao longo desse período, tendo como objetivo identificar a filosofia de trabalho da instituição, à missão a que se propõe, às diretrizes pedagógicas que orientam suas ações, à sua estrutura organizacional e às atividades acadêmicas que desenvolve e/ou que pretende desenvolver.
Os representantes foram eleitos pela categoria em assembleia geral. Na ocasião, o coordenador Márcio Sá Fortes fez a apresentação da metodologia para a elaboração do PDI 2022-2026 que foi aprovada em reunião do Conselho Superior (Consu), em 7 de maio, e discutiu o documento junto com a categoria. Segundo ele, a elaboração do novo PDI irá contar com uma comissão gestora, formada reitor, Marcus David, o pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças, Eduardo Condé, pelo diretor-geral do campus avançado de Governador Valadares, Ângelo Denadai, e pela diretora da Faculdade de Direito, Aline Passos, além de representantes indicados pela APES, SINTUFEJUF e DCE. Também fazem parte da elaboração as comissões executiva e coordenadora dos eixos temáticos, além de grupos e subgrupos de trabalho. A proposta é que o novo PDI seja aprovado até a última reunião do Consu, em dezembro.
Deste modo, para compor a comissão gestora, a categoria referendou pela participação do coordenador de Comunicação Márcio Sá Fortes, já para a comissão executiva, a categoria referendou pela participação do coordenador de finanças do SINTUFEJUF Luiz Tegedor e a TAE Aline Barreto. Para a comissão coordenadora, foi indicado o TAE Frederico Freire Rosa. A categoria concordou que a outra vaga fosse ocupada por Governador Valadares, que após a assembleia indicou o TAE Ricardo Cunha Grünewald Zarantoneli.
Com um caráter mais político, a comissão gestora é a última instância antes da aprovação no Consu. Ela tem como papel estabelecer as orientações gerais, acompanhar o processo de elaboração e prestar contas periódicas ao CONSU. De acordo com Márcio, é a comissão que inicia e termina todo o processo. “É importante a participação dos TAEs em todas as comissões, grupos e subgrupos de trabalho, para poder construir o PDI que é o direcionamento da universidade nos próximos anos, colocando assim, a importância também do papel do TAE na UFJF, mostrando nossa capacidade de contribuir, formação, qualificação e conhecimento que nós temos da instituição” avalia.
De acordo com Márcio, embora todas as etapas tenham papel de extrema importância, é na comissão executiva que se concentra o maior volume de trabalho, uma vez que é onde será compilado tudo que chegar das demais comissões.É onde será implementado e coordenado o processo de elaboração do PDI, o que, segundo Luiz Tegedor, se desdobra no direcionamento da metodologia de elaboração, na procura por fomentar engajamento da comunidade universitária para participar dos grupos de trabalho. Também é papel da Comissão organizar e convocar audiências públicas. E ao término, propor a redação final à Comissão Gestora.Para ele, a participação dos TAEs é fundamental para dar voz a categoria nesse processo, ajudando a construir saídas para a UFJF nesses tempos de ataque às universidades, propor ações para que ela continue pública, gratuita e socialmente referenciada. “É importante também porque planejar se relaciona diretamente com o trabalho do TAE, tanto para contribuir nas atividades que dão suporte ao trabalho docente, como com a participação de quem vive o dia a dia nas unidades acadêmicas. É momento também de refletir sobre ações que transformem o trabalho administrativo, e oferecer aquelas soluções e percepções que temos do dia a dia para que possamos atravessar esse tempo de crise”, explica.
Tegedor acredita que pode contribuir enquanto TAE que vivencia o cotidiano da universidade e está envolvido com as questões da categoria, mas também com o trabalho técnico, uma vez que há tarefas relacionadas ao trabalho de TAE, e sua formação. “É parte do trabalho como servidor público e é parte da representação sindical”, afirma. Ele explica que a elaboração do PDI é um momento técnico-político. “Temos atividades de trabalho ao pensar nos próximos cinco anos da instituição, e temos a oportunidade de intervir politicamente no processo. Democracia é exercida com participação, e ao participar fortalecemos os espaços democráticos”, conclui.
Também eleita representante dos TAEs na comissão executiva, Aline Barreto acredita que com a experiência adquirida trabalhando na reitoria poderá contribuir para construção de um PDI com ações e metas concretas, de possível execução e que reflita o interesse da comunidade acadêmica. “Toda comunidade acadêmica é importante nesse processo. Os TAEs exercem a atividade meio da UFJF e permitem que os processos e procedimentos administrativos sejam contínuos mesmo quando há uma troca de gestão. Isso permite que a categoria tenha conhecimento acumulado das atividades administrativas importantes na construção de um PDI factível que muitas vezes ultrapassa o período de gestão de um reitor”, conta.
Cabe à comissão coordenadora dos eixos temáticos organizar inicialmente a formação dos grupos de trabalho, sistematizar as propostas para serem encaminhadas à Comissão Executiva. Ela acompanha o trabalho dos grupos e subgrupos, devendo comunicar à Comissão Executiva quaisquer problemas no andamento dos trabalhos. Ricardo Cunha Grünewald Zarantonel acredita que ter um TAE de Governador Valadares na coordenação do PDI poderá contribuir com informações de alguém que conhece bem a organização do campus avançado, e que vivencia diariamente os desafios e anseios da comunidade. “Creio que isso facilitará a composição dos grupos de GV. Ao mesmo tempo, apesar de existir essa divisão organizacional entre JF e GV, quando falamos de PDI, deve-se manter acesa a ideia de união e singularidade, afinal, todos somos UFJF” opina. Ricardo conta que esteve desenvolvendo o Plano de Gestão com o atual diretor geral do campus GV, com isso, já possui uma lista de objetivos, metas e indicadores que poderá adiantar os trabalhos dos grupos de GV ou servir de sugestão.
O TAE Frederico Freire Rosa ressalta que a elaboração do PDI é um importante momento da vida institucional, apesar de muitas vezes pouco conhecido. “Trata-se da elaboração de um documento que servirá como bússola de nossa Universidade pelos próximos anos e, no contexto político atual, afirmarmos enquanto instituição onde estamos e para onde queremos seguir é fundamental”. Ele elogia o modelo de elaboração do PDI proposto pela Administração Superior, que pretende ser participativo e democrático, apesar de todas as dificuldades em tempos de atividades remotas. Segundo Frederico, a participação não só dos TAEs, mas de toda a comunidade acadêmica na elaboração desse documento é a melhor forma de guardarmos a missão e os princípios da UFJF. “A Comissão Coordenadora, para a qual fui indicado pelo SINTUFEJUF para representar os TAEs, terá por função organizar e acompanhar os grupos e subgrupos de trabalho em cada eixo temático, além de sistematizar o produto dessas discussões para a Comissão Executiva. Acredito poder contribuir com a elaboração deste PDI lembrando o papel e o valor dos técnico-administrativos para o desenvolvimento de nossa instituição e estou certo que poderei contar com a contribuição de nossa categoria nessa tarefa”, explica.
Em relação aos grupos e subgrupos de trabalho, Márcio explica que a participação será livre, para garantir o envolvimento direto de toda a comunidade. “A gente deve ocupar bastante esses espaços, para mostrar o valor do TAE não apenas enquanto classe, mas na construção da universidade”, finaliza.
Confira os documentos apresentados na assembleia:
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