TAEs no combate à pandemia: mais de 25 mil Face Shields foram produzidas e doadas em projeto nas Faculdades de Arquitetura e Engenharia da UFJF

13/07/2020

Equipe do projeto une TAEs, professores e alunos em escala de revezamento. Foto: divulgação do projeto

A iniciativa que uniu o Grupo de Inteligência Robótica (GRIn) da Faculdade de Engenharia e o Laboratório de Prototipagem e Virtualização (LAPROT) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) já produziu mais 30 mil protetores faciais, chamados também de Face Shields, dos quais 25 mil já foram doados. As doações atingiram, não somente os serviços de saúde de Juiz de Fora e região, mas até mesmo a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB). Projeto une técnico-administrativos em educação (TAEs), professores e alunos em uma equipe de revezamento pela qual já passaram mais de 100 voluntários.

O técnico-administrativo do LAPROT Aristides Perobelli Fonseca, coordenador do projeto junto com o professor Exuperry Barros Costa, da Faculdade de Engenharia Elétrica, conta que a parceria surgiu após uma reunião de TAEs da FAU para pensar no que eles poderiam fazer para ajudar no combate à Covid-19. “No princípio a gente pensou em fazer peças de respirador com a impressora 3D, mas a gente viu que não seria viável. Foi uma confluência, o pessoal do GRin começou a desenvolver um projeto de viseira e rapidamente os dois projetos se encontraram, pois estamos bem perto e os professores e diretores se conhecem”, conta Aristides. “Fizemos uma chamada de voluntários para ajudar na montagem das Face Shields e agora temos voluntários de todos os cursos. Mais de 100 voluntários já passaram pelas equipes rotativas, que dependem da disponibilidade das pessoas”.

A iniciativa começou com um financiamento de projeto do professor da Faculdade de Engenharia Leonardo Honório, mas logo no início a UFJF disponibilizou todo o material necessário para a montagem das Face Shields, que consiste em quatro matérias-primas base: acetato, poliestireno, ilhós e elástico. Após montadas, elas são direcionadas principalmente para serviços de saúde, mas não só. “Com o tempo, vimos que estávamos conseguindo atender a demanda da sociedade. A gente já doou mais de 25 mil Face Shields e, dentre essas doações, tivemos uma muito especial: nessa semana encaminhamos 3 mil para Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira”, disse o Aristides, com orgulho. “A nossa região estava bem abastecida e tivemos contato com o pessoal das populações indígenas, que a gente sabe que é uma população que está muito fragilizada durante a pandemia”.

Segundo o TAE, a demanda é contínua e o projeto, de extrema importância. Isso porque, quando se protege um profissional de saúde, não é só a vida dele que é protegida, mas também de sua família e de todas e todos aqueles que dependem desse profissional, pois reduz a exposição dele ao vírus e evita que ele saia da linha de frente do combate à Covid-19. “A gente acredita que tem conseguido bons resultados. Já recebemos os feedback das pessoas de que a nossa Face Shield é adequada, confortável e leve para o uso. Eu sinto que estou participando do projeto mais importante e significativo da minha vida, já que estou ajudando diretamente no combate a essa pandemia”, conclui.

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