Pelo terceiro ano consecutivo, o SINTUFEJUF está convocando toda a categoria para uma assembleia geral que irá discutir a adesão exclusivamente feminina à greve internacional de mulheres. O objetivo é mobilizar a todas para lutarem contra o feminicídio (assassinato de mulheres por serem mulheres), o estupro, o machismo, a exploração de nossos corpos e trabalho, a baixa remuneração e as longas jornadas, o racismo, a gordofobia, a opressão do patriarcado e toda forma de violência de gênero.
História da greve no mundo
A partir de 1910, na Rússia, mulheres operárias passaram a se organizar por melhores condições de vida e trabalho e contra a fome. Esta mobilização culminou em um grande protesto anti-imperialista em 08 de março de 1917, e foi o pontapé para a Revolução Russa. Mais tarde, a data foi reconhecida, como o Dia Internacional da Mulher.
Cem anos depois, a primeira grande greve feminista internacional, 8M, aconteceu em 08 de março 2017, atendendo ao chamado do movimento de mulheres na Argentina, após o estupro e assassinato da jovem Lúcia Perez, cujo lema “Se nossas vidas não importam, que produzam sem nós” percorreu continentes.
No Brasil, milhões de mulheres foram às ruas em 2017 e 2018. As trabalhadoras técnico-administrativas em educação da UFJF também aderiram à greve e fizeram história, trazendo outras categorias para a luta. No próximo dia 14 de março, completa um ano assassinato de Marielle Franco, vereadora do PSOL, crime que ainda está impune.
Segundo a coordenadora de Educação e formação Sindical, Natália Paganini, devido aos ataques do presidente Jair Bolsonaro à classe trabalhadora, como a Reforma da Previdência, que é ainda mais perversa para mulheres, e os altos índices de feminicídio, crescentes em todo o país, este ano, o mote da greve será “Tirem a mão da nossa Previdência! Basta de feminicídio!”. “Nosso fortalecimento dentro da categoria é fundamental, não só para a essencial luta por igualdade de gênero e combate às opressões contra a mulher, como para os embates necessários em Defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, da existência das universidades, da liberdade de cátedra e dos direitos trabalhistas”, afirma Natália.
Desta forma, o Sintufejuf convoca a todas a paralisarem no dia 8 de março, realizando greve do trabalho, das tarefas domésticas e de sexo, e a participarem das atividades organizadas pelo Fórum 8M, do qual o Sintufejuf faz parte.
Confira a programação:
7h – Café da manhã das mulheres – Praça da Estação
14h – Panfletagem – Calçadão da Rua Halfeld
17h – Ato Unificado da Greve Internacional das Mulheres / Fórum de coletivas e mulheres feministas – 8M – Praça da Estação
Participe! Lugar de TAE também é na luta!
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