TAEs da UFJF/GV escolhem representação do SINTUFEJUF em comissão de debate sobre emancipação do Campus Avançado

05/05/2022

Em assembleia geral virtual realizada na tarde de ontem, 04, as trabalhadoras e trabalhadores técnico-administrativos em educação (TAEs) do campus avançado da UFJF em Governador Valadares (GV) escolheram a representação do SINTUFEJUF na Comissão de Condução de Debate (CCD). Foram eleitos o TAE Renato Araújo como titular e a TAE Jenifer Grossi, suplente.

De acordo com a coordenadora de Assuntos Jurídicos do SINTUFEJUF e TAE lotada em GV, Isadora Camargo, a comissão criada pelo Conselho Superior (Consu), a partir do item 3.1 do anexo da Resolução nº 05. 2022 do CONSU, irá nortear toda a discussão a ser realizada acerca de uma possível emancipação do Campus GV, de forma interna, com a comunidade acadêmica e de forma externa, com a sociedade civil. “Tais debates poderão ditar o rumo no futuro da UFJF/GV, e por isso são de extrema importância”, explica. 

Além da representação do SINTUFEJUF, a comissão será composta também por um representante da Direção-Geral, um representante do ICV, um representante do ICSA e um representante da APES. “Os Taes são peças-chaves na estrutura operacional e administrativa da UFJF/GV e assim como os professores e alunos, serão afetados em sua vida profissional e pessoal, em caso de uma possível emancipação, portanto devem ter voz e participação ativa nesse importante debate”, comenta Isadora.

Segundo o coordenador geral do SINTUFEJUF, Flávio Sereno, o sindicato ainda não se posicionou em relação à emancipação, uma vez que entende a necessidade do debate prévio para estudar o assunto. Entretanto, ele ressalta a importância de garantir recursos, estrutura e pessoal, caso a decisão seja pela emancipação. Desta forma, Flávio destaca que a representação deverá trabalhar para garantir os parâmetros mínimos necessários para o melhor funcionamento da instituição. O coordenador levanta ainda a preocupação e o cuidado para que o tema não seja utilizado por agentes políticos apenas como tema de campanha eleitoral. Flávio destacou ainda que o modelo Future-se que foi tentado pelo governo federal em 2019 não serve às universidades públicas brasileiras. “Nem às atuais, nem a possíveis novas a serem criadas”, aponta.

Conforme Renato, a comissão é de grande interesse para toda a categoria de GV, uma vez que aborda os destinos que a comunidade acadêmica deseja tomar.  “Esses rumos terão impacto na vida profissional e particular de todos nós”, afirma. Lotado em GV desde 2012, Renato decidiu participar da comissão a fim de colaborar a partir de sua experiência de vivência do campus, e por ter sempre atuado em defesa da instituição, independente do rumo que ela tomar. “Como fui por 6 anos gestor de pessoas do campus GV, colaborei em muitas conquistas e espero poder colaborar também na decisão de permanecer ou não vinculados à UFJF. Espero que o diálogo prevaleça e que os colegas busquem demonstrar a todos as reais consequências da decisão a ser tomada. Que não haja procrastinação da discussão, mas que essa discussão seja produtiva e em busca de uma educação pública de qualidade a todos que dela precisam”, afirma.

Segundo Jenifer, a discussão sobre a emancipação tem uma característica histórica para GV, uma vez que o assunto já circula na cidade desde a criação do campus avançado e afeta a vida de todos os servidores e estudantes. Além disso, a decisão influencia a vida dos valadarenses. “É importante que haja amplo debate para que possamos amadurecer a ideia e ter uma perspectiva de todos os pontos de vista”, opina.

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