Em Assembleia Geral realizada na manhã da última quarta-feira (17), as trabalhadoras e os trabalhadores técnico-administrativos em educação (TAEs) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) elegeram suas delegadas e delegados para a Plenária Nacional da FASUBRA, marcada para os dias 25 e 26 de abril. A assembleia foi conduzida pelo coordenador geral do SINTUFEJUF, Carlos Augusto Martins, juntamente com o coordenador de aposentados, Rogério Silva, e a coordenadora de educação e formação sindical, Jurani Soares da Silva.
Estado de Greve e orientações da FASUBRA
A assembleia foi aberta com a leitura do Informe de Direção da FASUBRA, feita por Jurani Soares, que trouxe informações fundamentais para subsidiar o debate. O documento destaca que, desde o início de abril, a FASUBRA está em Estado de Greve, como forma de ampliar a pressão sobre o governo para que o Termo de Acordo de Greve nº 11/2024, assinado em junho do ano passado, seja implementado em sua totalidade. Conforme o documento, a federação reforça que o Estado de Greve é um alerta político à sociedade e ao poder público e difere da deflagração da greve, sendo um instrumento que sinaliza a possibilidade iminente de paralisação. A orientação da FASUBRA às entidades filiadas foi a realização de assembleias entre os dias 7 e 17 de abril para debater a conjuntura e eleger representantes para a plenária nacional.
Apresentação das chapas e debate político
Três chapas se inscreveram para disputar as vagas de delegados e delegadas. A ordem de apresentação foi definida por sorteio. A chapa 1, “Vamos à Luta e Independentes”, foi apresentada por Luana Lombardi e Maria Angela Costa, que destacaram a composição majoritariamente feminina do grupo, com representantes de vários setores da UFJF, incluindo o Hospital Universitário, e deram ênfase à necessidade de manter o Estado de Greve diante do descumprimento do acordo por parte do governo. Luana relatou o agravamento da situação financeira de diversos TAEs no país, afirmando que há colegas em situação de insegurança alimentar.
A defesa da chapa 2, “Tribo”, foi feita por Rogério Silva, que ressaltou a importância da atuação dos coletivos na FASUBRA e destacou que a plenária de abril deverá ser decisiva para a deliberação sobre a deflagração ou não da greve. Ele chamou atenção para pendências no cumprimento do acordo, como o reposicionamento dos aposentados, a implementação das 30 horas e o Reconhecimento de Saberes Competências (RSC), que não foram incluídos na nota técnica emitida pelo governo.
Representando a chapa 3, “Juntos e TAEs na Luta”, Luiz Tegedor afirmou que o grupo atua como uma frente da base local e defendeu uma abordagem cautelosa sobre a greve. Segundo ele, o acordo com o governo ainda está vigente, com prazo até 31 de maio, e há obstáculos legais e orçamentários a serem considerados. Luiz enfatizou a necessidade de organização e responsabilidade na construção da mobilização, inclusive com previsão orçamentária para ações como caravanas e plenárias presenciais futuras.
Votação e resultado final
A votação foi realizada de forma híbrida, com votos presenciais e virtuais, via chat e enquete no Google Meet. Após a apuração e a exclusão de votos duplicados, o resultado foi o seguinte: a chapa 1 recebeu 17 votos, a chapa 2 obteve 15 votos e a chapa 3 foi a mais votada, com 30 votos. Em respeito ao princípio da proporcionalidade, cada chapa terá direito a indicar um delegado ou delegada para a Plenária Nacional da FASUBRA, sendo eles Maria Clara Ferreira Spíndola e Maria Angela Ferreira Costa representando a chapa 1 “Vamos a luta e Independentes”, Rogério Silva (titilar) e Ronaldo Silva (Suplente) representando a chapa 2 “Tribo” e Flávio Sereno (titula) e Felipe Santos (suplente) representando a chapa 3 “Juntos e independentes”. O nome do coordenador geral do SINTUFEJUF, Carlos Augusto Martins, também foi referendado como delegado nato.
Encaminhamentos e moção de apoio
Ao final da assembleia, o coordenador geral do SINTUFEJUF, Carlos esclareceu os critérios utilizados para a contagem dos votos e reforçou os princípios de proporcionalidade adotados na eleição dos delegados. A assembleia foi encerrada com a aprovação de uma moção de apoio ao deputado Glauber Braga, em repúdio ao processo de cassação que ele enfrenta no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Para a categoria, o momento é de fortalecer a unidade e reafirmar o compromisso com a luta coletiva por direitos e respeito aos acordos firmados.
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