As trabalhadoras e trabalhadores técnico-administrativos em educação da UFJF (campus Juiz de Fora) aprovaram, em assembleia realizada na manhã desta terça-feira, 24 de setembro, a Greve de 48 horas da Educação nos dias 02 e 03 de outubro. A greve também foi aprovada em Governador Valadares, em assembleia geral da categoria realizada no último dia 17.
Esta foi uma indicação da Plenária Nacional da Fasubra, que ocorreu nos dias 14 e 15 de setembro em Brasília/DF, e contou com a participação da delegada Maria Angela Costa, indicada pela direção do SINTUFEJUF, além de Silvestre dos Santos e Isabel Cristina, eleitos em assembleia da categoria. “É uma greve com outros setores, por causa dos ataques que o governo tem feito, principalmente na Educação, como o programa Future-se”, explica Maria Angela. “Tudo o que representa a proposta desse governo para a população e para a universidade, não tem outra resposta que não seja uma greve unificada”.
Construída em conjunto com o ANDES, Sinasefe, ANPG e UNE, além da FASUBRA, a mobilização tem como objetivo intensificar a luta em defesa da Educação Pública. Também foi aprovada pela categoria a necessidade de construção de um movimento grevista por tempo indeterminado, unificando todas as entidades representativas dos trabalhadores e estudantes da educação. No entendimento da categoria, uma greve isolada apenas da FASUBRA não é a estratégia a ser adotada neste momento.
Flávio Sereno, coordenador geral do SINTUFEJUF, destaca três das principais pautas discutidas na assembleia que justificam a paralisação: o programa Future-se, que diversas universidades, incluindo a UFJF, já negaram; o corte de recursos das instituições federais; e a ameaça de desestruturação das carreiras dos servidores públicos. “São todas iniciativas que prejudicam muito a universidade e os servidores e nós entendemos que precisamos organizar um movimento de defesa unificado de todos os setores da Educação para enfrentá-las”, explica.
Maria Angela ressalta a importância da participação nas ruas e a urgência de não deixar crescer o sentimento de desesperança na população. “Tem o Movimento Estudantil, o movimento dos professores e TAEs, que estão aí, fervilhando. As pessoas estão indignadas e não concordam com o que está colocado por esse governo”, comenta. A coordenadora defende a união das entidades para impedir o desmonte da educação pública pelo governo. “A importância de fazermos essa Greve de 48 horas e construir a Greve Nacional da Educação, talvez por tempo indeterminado, é mostrar para esse governo, para os parlamentares que estão no Congresso, que eles não vão desmontar tudo o que batalhamos para conquistar até hoje, que é a nossa carreira, a nossa universidade pública e com autonomia, nossos hospitais universitários”, conclui.
Nesta sexta-feira (27), as trabalhadoras e trabalhadores técnico-administrativos em educação do IF Sudeste MG (campus Juiz de Fora e reitoria) se reunirão em assembleia geral, às 13h, no auditório do prédio administrativo do campus juiz de fora, para também discutir a adesão à greve de 02 e 03 de outubro e demais pautas da Plenária Nacional da FASUBRA.
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