Propor políticas de gestão de pessoas para prevenção e combate ao assédio moral. Este é o objetivo da pesquisa desenvolvida pela técnico-administrativa e psicóloga da Reitoria do IF Sudeste MG, Ludmila Pinho. A participação é voluntária e sigilosa e busca analisar as características de assédio moral no trabalho identificadas pelos servidores do cargo técnico-administrativo em educação.
Para participar, basta preencher o formulário “Assédio moral no trabalho: análise em um Instituto Federal em Minas Gerais”, disponível no link https://forms.gle/e7QmRoXoyT6eeGXN7. É necessário estar logado no e-mail institucional, uma vez que a pesquisa envolve somente indivíduos da categoria. Entretanto, o e-mail não será recolhido na análise dos resultados, garantindo, assim, o anonimato dos servidores. “Estamos tratando com total sigilo e confidencialidade, seguindo os preceitos éticos de pesquisa e também do meu conselho profissional.”, explica Ludmila. Segundo ela, o formulário disponibiliza um campo para preenchimento do e-mail para o servidor que desejar receber os resultados da pesquisa, entretanto, essa informação não é obrigatória, podendo o campo permanecer em branco.
A TAE reforça a importância da participação de todos para que os dados sejam fidedignos, ou seja, represente a realidade do instituto. Segundo Ludmila, o que motivou o desenvolvimento da pesquisa foi a ausência de discussões e dados diagnósticos sobre o tema na instituição, além do entendimento de que conhecer e analisar as expressões deste fenômeno no âmbito organizacional proporcionará sua identificação, a compreensão de suas consequências nesta realidade e poderá estimular uma atuação mais eficaz da instituição na prevenção e combate à violência e assédio moral.
O assédio moral é um tipo de violência contra o trabalhador e traz prejuízos tanto para o indivíduo quanto para o ambiente profissional. Trata-se da exposição da pessoa a situações humilhantes e constrangedoras, de forma repetitiva e prolongada, durante o exercício de suas atividades, a fim de desestabilizar emocional e profissionalmente o indivíduo. O assédio pode ocorrer por meio de ações diretas (acusações, insultos, gritos, humilhações públicas) e indiretas (propagação de boatos, isolamento, recusa na comunicação, fofocas e exclusão social).
Segundo Ludmila, os resultados do estudo serão apresentados aos servidores e ao IF Sudeste MG e poderão proporcionar mais informações sobre o fenômeno estudado para que a instituição avalie a necessidade de desenvolvimento e/ou aperfeiçoamento de políticas de prevenção e, se necessário, de combate ao assédio moral no trabalho. Poderão, ainda, fomentar espaços de discussão direcionados à qualidade de vida no trabalho, promoção de relações interpessoais e ambientes mais saudáveis, comunicação não-violenta e incentivar uma cultura de paz na instituição. “Entendo que essa seja uma oportunidade válida para que nós, técnicos, reflitamos e manifestemos algumas de nossas percepções sobre situações, vivências, sentimentos e emoções relacionados ao trabalho e às relações que se dão neste espaço. Além disso, a realização desta pesquisa contribui para o avanço científico, especialmente dos estudos relacionados a servidores públicos em geral e técnico-administrativos em educação”, comenta.
A pesquisa está vinculada ao programa de pós-graduação em qualidade de vida nas organizações do campus São João del Rei do IF Sudeste MG e foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos do instituto
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