O SINTUFEJUF reivindicou ontem, em ofício encaminhado ao reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Marcus David, que seja realizada a testagem quinzenal de todas as trabalhadoras e trabalhadores que atuam em regime presencial e semipresencial e de todas e todos que trabalham em ambiente hospitalar, incluindo os laboratórios. O objetivo é conciliar as atividades essenciais com a adoção de medidas de segurança e saúde às servidoras e servidores da Instituição.
Pela demanda apresentada pelo sindicato, o tipo de teste a ser aplicado ao primeiro grupo, deveria ser estabelecido pela UFJF. Já para os profissionais do Hospital Universitário (HU) e de laboratórios, o teste RT-PCR. Este exame mostra se existe RNA do vírus em amostras coletadas, sendo mais preciso, com menor chance probabilidade de resultados falso positivos ou negativos.
De acordo com a Lei 13.979 de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre o enfrentamento das medidas de emergência em saúde pública, “os profissionais essenciais ao controle de doenças e à manutenção da ordem pública que estiverem em contato direto com portadores ou possíveis portadores do novo coronavírus terão prioridade para fazer testes de diagnóstico da Covid-19”.
Isabel Cristina Nascimento, da coordenadoria de aposentados, explica que além de querer saber se está contaminada ou contaminado, as trabalhadoras e trabalhadores possuem grande preocupação com suas famílias. Ela conta que “antes mesmo da chegada ao local de trabalho, temos contato com várias pessoas e superfícies. No trajeto, utilizamos o transporte público, com um número excessivo de passageiros, que impossibilita a distância de segurança. Toda essa situação causa grande angústia para todos nós”.
O sindicato reivindica também que seja realizada a testagem imediata das trabalhadoras e trabalhadores que apresentarem sintomas, bem como o seu isolamento, e a testagem preventiva de pessoas que estão no trabalho remoto ou afastados dos ambientes físicos da UFJF e que, por qualquer razão, retornarem ao trabalho presencial. “Diante desta problemática, se fizermos a primeira testagem de todas as trabalhadoras e trabalhadores, seguida da testagem a cada 15 dias, poderemos ter a certeza se estamos contaminados ou não e se as medidas de precaução estão sendo cumpridas por todas e todos”, explica Isabel. A técnica-administrativa em educação Marcele de Mattos, que atua na unidade Santa Catarina do HU concorda: “É importante a testagem periódica dos profissionais de saúde para que se tenha a garantia que eles não estejam infectados, para poder prestar uma assistência segura aos que estejam, além de garantir a segurança de seus familiares e dos outros profissionais”.
No ofício, o SINTUFEJUF relembra ainda a responsabilização da Universidade, caso a contaminação do servidor ocorra no ambiente de trabalho. A reivindicação leva em consideração também a necessidade de testagem em massa da categoria em regime de trabalho presencial e semi-presencial. Pedro Cuco, coordenador de assuntos jurídicos, disse que “uma luta histórica do SINTUFEJUF é pelas condições adequadas de trabalho. Dentre elas uma das coisas que nós sempre prezamos é a questão da saúde do trabalhador”. Ele reforçou ainda que não adianta só que os TAEs estejam testados, e sim, toda força de trabalho da universidade. “Nossa demanda de testagem dos trabalhadores é mais uma medida que vamos cobrar da reitoria no âmbito geral mas especialmente daqueles que estão no Hospital Universitário ou que estão trabalhando no campus da UFJF no combate direto ao coronavírus”, conclui.
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