“Foi um ambiente de muita escuta e acolhimento, a gente estabeleceu diversas conversas e discussões… Foi muito interessante para mim, eu consegui perceber que a causa é de respeito, de essência, direito de ser igual. Para mim foi um marco interessantíssimo, foi de muito acréscimo e eu estou muito satisfeita com todo o desenvolvimento do trabalho que foi feito”, disse Cleide.
Com uma extensa programação de mesas, debates, grupos de trabalho (GTs), oficinas e atividades culturais, os encontros tiveram como foco estratégias de combate à violência, promoção de inclusão e visibilidade da comunidade LGBTQIA+. Durante o evento, cinco eixos foram debatidos:
Foram discutidos tópicos de acesso e permanência, pesquisa, formação e arte e cultura. Com ênfase na defesa da implementação de cotas para pessoas trans e travestis na graduação e pós-graduação, luta por apoio psicossocial, jurídico, financeiro e material para permanência de grupos vulneráveis. Promoção de formação de TAEs para acolhimento e compreensão das questões de gênero e diversidade sexual e reivindicação da criação de cursos de mestrados profissionais e especialização nas áreas. Além da valorização da arte como ferramenta de resistência, visibilidade e transformação social.
Formação e enfrentamento, representatividade, dados e diagnósticos foram os tópicos. Dentro deles foram debatidos o desenvolvimento de protocolos institucionais de enfrentamento à violência e ao preconceito, o fortalecimento dos GTs LGBTQIA+ em todas as bases e a implementação desses GTs em locais que não possuem, inclusão e reconhecimento de pessoas LGBTs em espaços de decisão e em cargos de liderança sindical e o mapeamento dos casos de violência e preconceito sofridos no ambiente de trabalho.
Os tópicos de inclusão, valorização de TAEs, articulação institucional, plataformas de apoio e demandas transversais foram discutidos. A defesa da implementação de ações afirmativas para pessoas trans e travestis em concursos públicos para TAEs e docentes, garantir que TAEs recebam bolsas em projetos de pesquisa, ensino e extensão, promoção de atividades regionais e plenárias com o tema LGBT e a criação de um canal de denúncias para casos de LGBTfobia e assédio no serviço público.
Em saúde e bem viver, a fomentação de um serviço de atendimento psicossocial, com um grupo de apoio para pessoas LGBTQIA+ da comunidade acadêmica (discentes, docentes, técnicos) e NR-1, que passa a incluir a avaliação de riscos psicossociais no GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais), que admite a identificação, avaliação e gerenciamento de riscos como estresse, assédio e sobrecarga foram discutidas.
Foram discutidas a implementação de um canal informativo dentro da pasta da federação, a fomentação do cineclube de filmes com temática LGBT nos sindicatos, além de oficinas de teatro e dança e a criação de uma Rede Nacional de Teatro do Oprimido para protagonismo de pessoas LGBTQIA+.
Para Jurani, é extremamente importante o sindicato estar participando desses eventos, já que é uma pauta que deve ser discutida por todos. “Foi um encontro bom, de esclarecimento, de requerer nossos direitos de ser respeitados em todos os setores de trabalho, nas ruas”, disse ela.
O SINTUFEJUF no V Encontro Nacional LGBTQIA+ da FASUBRA reforça o compromisso do sindicato com a promoção da igualdade, do respeito às diversidades e da construção de espaços mais justos dentro das instituições públicas de ensino e do movimento sindical.
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