SINTUFEJUF indica TAEs para as comissões que irão trabalhar o Planejamento de Ações da UFJF no contexto da Pandemia

09/06/2020

Para trabalhar os temas que não estavam presentes na pesquisa de diagnóstico aplicada pela UFJF e que faziam parte das contribuições enviadas pelo sindicato à administração superior, mas não foram inseridas no questionário, o SINTUFEJUF indicou membros técnico-administrativos para as comissões criadas no Conselho Superior na última semana. O objetivo é contribuir com o Planejamento de Ações da UFJF no contexto da Pandemia. O coordenador geral do SINTUFEJUF, Flávio Sereno, lamenta que a regulamentação do trabalho remoto, esteja acontecendo antes mesmo de começarem os trabalhos das comissões. “É uma contradição terminar a regulamentação do trabalho remoto antes do relatório da Comissão de Condições de Trabalho e Gestão de Pessoas. Somos favoráveis a regulamentação, até porque o trabalho remoto já acontece desde março. Porém, se a UFJF se propôs a realizar um diagnóstico de acesso digital, e planejar as suas atividades na pandemia e para o período posterior a ela, deve regulamentar o home office (trabalho em casa) considerando todas as informações levantadas e conclusões a partir dos debates e conclusões das comissões”, afirma. Segundo o coordenador, mesmo com estas críticas quanto ao cronograma, o sindicato vai participar da composição das comissões, devido a relevância dos temas ali tratados.

Composta pelo coordenador de finanças, Luiz Tegedor e a técnico-administrativa em educação, Médica do Trabalho e Ergonomista da UFJF, Maria Angelica Abdalla, a “Comissão de Infraestrutura e Saúde” terá atuação nas questões de infraestrutura e biossegurança para o futuro retorno às atividades presenciais na UFJF (mesmo que parcialmente) nos âmbitos administrativos e acadêmicos. De acordo com Maria Angélica, a comissão vai discutir e criar protocolos visando à proteção dos servidores e alunos do risco de contaminação. Segundo ela,  reunir conhecimentos de profissionais de diferentes áreas e de representantes do Sindicato é fundamental no planejamento do retorno às atividades presenciais, uma vez que a comunidade irá vivenciar o “novo normal ” e deverá estar preparada para isso, inclusive observando a manutenção dos direitos dos trabalhadores da UFJF. “Minha contribuição como profissional de saúde incluirá tanto os aspectos de prevenção da contaminação quanto os aspectos ergonômicos envolvidos na organização do trabalho no planejamento do retorno ao trabalho presencial” afirma.

A “Comissão de Apoio Social e Inclusão Digital” será composta pela coordenadora geral Maria Angela Costa (licenciada) e a coordenadora de Educação e Formação Sindical Natália Paganini e tem como foco discutir a inclusão e as políticas para o bem estar de toda a comunidade acadêmica. Conforme proposta do SINTUFEJUF aprovada pelo Conselho Superior, esta comissão contará também com representantes do Fórum da Diversidade. Assim, segundo Natália, a partir da consideração das diversidades presentes na UFJF (gênero, raça, cor, sexualidade, formação familiar, condições sócio-econômicas, idade, estado de saúde, etc), a comissão tratará de temas como saúde mental, acessibilidade e condições de trabalho. “Pretendo colaborar com a comissão representando as demandas da categoria e atenta às discussões das frentes de combate às opressões das quais o SINTUFEJUF participa. Além disso, como TAE da faculdade de Educação e trabalhadora do curso de Pedagogia a distância, coloco minha experiência com as TIC’s e o campo educacional à serviço da elaboração de estratégias de minoração de danos à vidas de estudantes, trabalhadoras e trabalhadores em tempos de exceção”, afirma Natália. Para ela, é importante ter em mente que o trabalho das comissões é fundamental para a elaboração conjunta das ações emergenciais no âmbito administrativo e acadêmico da UFJF. Apenas com visão plural e máxima representatividade será possível ter um processo seguro, eficiente e inclusivo de regulamentação das atividades na instituição, sem abrir mão de seu caráter democrático e sem ferir a subjetividade de cada membro da comunidade acadêmica.

O coordenador de Comunicação Sindical Márcio Sá Fortes e o técnico-administrativo Jhonatan Alves Pereira Mata fazem parte da “Comissão Acadêmica – Educação Superior”, que tem a importante missão de debater decisões a respeito de desenvolvimento de atividades remotas, (por TAEs, docentes e discentes) dentre eles a possibilidade de ensino remoto emergencial. Segundo Jhonatan, é importante a inclusão de todos os setores da UFJF no debate uma vez que a adoção ou rejeição de determinados caminhos afeta a todos. “Vivemos um momento em que a cobrança por retornos diversos é gigante por parte da sociedade. Às instituições de ensino são exigidas respostas quanto às atividades impactadas pelo isolamento social. Entretanto, mais do que pressa em ofertar essas satisfações à sociedade, é preciso serenidade para entender os tempos distintos destas esferas, da pesquisa, da ciência, da economia, do próprio andamento da Pandemia, dentre outras instâncias”, opina. Sua experiência de trabalho com a educação à distância da UFJF desde 2011, e na graduação e pós graduação enquanto ex-aluno da UFJF, segundo Jhonatan, o capacitam para o desempenho de seu papel na comissão. “Creio que meu olhar multiangular sobre a realidade atípica que enfrentamos possa contribuir na busca de respostas para minimizar os impactos da Pandemia na UFJF” explica. De acordo com Jhonatan, o ensino remoto emergencial não é sinônimo de EAD. Além disso, a própria EAD de hoje é atípica, por ser compulsória e não uma “opção”. Deste modo, é preciso considerar as múltiplas realidades de alunos e servidores no que diz respeito ao acesso às tecnologias e mesmo aparato para realizar esse tipo de atividade. “Minhas expectativas são a de contribuir para o debate e tomadas de decisões cautelosas a respeito do tema, pensando nos compromissos e potencialidades da universidade pública, gratuita e de qualidade” conta.

A “Comissão Acadêmica – Educação Básica” conta com a contribuição das técnico-administrativas Ana Lucia Almeida Vargas e Rosimeire Aparecida Neto Dias Villela, e tem como objetivo analisar propostas da Congregação do Colégio de Aplicação João XXIII para as atividades acadêmicas da educação básica, apresentando diretrizes gerais de curto, médio e longo prazo de retomada de atividades acadêmicas. De acordo com Ana Lúcia Vargas, as discussões nas instâncias deliberativas já estão acontecendo entre os trabalhadores do colégio, mas ainda não há cronograma de trabalho definido, estando ainda aguardando a convocação da UFJF para a primeira reunião. Enquanto técnicas na unidade de educação básica da Universidade, e estando diretamente envolvidas em frentes de trabalho no João XXIII, Ana Lúcia acredita que as TAEs juntas com a gestão e com os docentes conseguirão colaborar com os trabalhos da Comissão e refletir sobre os limites e possibilidades de atividades educativas nesses tempos de isolamento social, imposto pela Pandemia do Convid19.

O técnico-administrativo Igor Coelho e o coordenador geral, Flávio Sereno fazem parte da “Comissão de Condições de Trabalho e Gestão de Pessoas”. Criada em reunião do Consu, devido à proposta do SINTUFEJUF, esta comissão terá como objetivo “diagnosticar e propor soluções para questões relativas às condições de trabalho no home office, durante a suspensão das atividades presenciais não essenciais ou estratégicas”. Segundo Igor, este será um espaço bom de debate e construção para que, dentro das recomendações médicas, algumas atividades que hoje estão paradas por causa da pandemia possam ser realizadas com segurança. Igor destaca que vários servidores não pararam suas atividades, como os profissionais que atuam na linha de frente como no HU ou laboratórios que estão fabricando produtos como detergente, álcool em gel e exames, e os trabalhadores que estão realizando suas atividades remotamente. O TAE afirma que o diálogo com a base irá subsidiar o desenvolvimento do trabalho na comissão. “É uma situação nova. Não temos um paralelo sobre tudo que está acontecendo. É importante ouvir a base para absorver as demandas e a partir daí construir propostas de soluções. A expectativa é que os trabalhos durem cerca de 2 meses. Ainda não houve convocação para reunir a comissão. Estamos prontos esperando o início do trabalho para começarmos atuar” explica Igor.

As comissões foram compostas na última sexta-feira, 05 de junho, além dos representantes dos técnico-administrativos, dos professores e estudantes, fazem parte das diversas comissões, representantes das Pró-reitorias, do Consu, Diretoria de Relações Internacionais, Centro de Educação à Distância, Diretoria de Ações Afirmativas, Núcleo de Apoio à Inclusão, Fórum de Diversidade, Colégio de Aplicação João XXIII, além de especialistas, distribuídos de acordo com a necessidade das comissões. Cada entidade representativa indicou dois representantes para cada comissão criada, exceto para a comissão de tecnologia da informação, que não haverá representação das entidades.

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