Com o atraso na vacinação contra a Covid-19 no Brasil, e sem a definição do Ministério da Saúde (MS) de uma data concreta para iniciar a imunização, o SINTUFEJUF e a Fasubra aderiram à campanha exigindo a imediata implementação de um plano de vacinação para o povo brasileiro aprovado pela ANVISA. A adesão à campanha segue deliberação da Plenária Nacional da Fasubra realizada nos dias 11, 12 e 15 de dezembro. Um dia depois do encerramento da Plenária, 16, o ministro da saúde general Eduardo Pazuello apresentou o plano nacional de operacionalização da vacinação contra a covid-19, entretanto, sem um calendário definido para a aplicação dos imunizantes.
Segundo o coordenador geral do SINTUFEJUF, Flávio Sereno, por volta de 50 países já iniciaram seu processo de imunização, entretanto, o Brasil não está entre eles. Para ele, existem vários fatores que contribuem com esse atraso, e todos passam pela presidência da República. Desta forma, Flávio defende a necessidade de cobrar celeridade ao Estado. “Entendemos que a sociedade deve pressionar o governo para que a vacina comece a ser aplicada o mais rápido possível. É a saúde das pessoas que está em jogo, bem como a possibilidade de funcionamento regular de escolas, Universidades e do comércio nas cidades” afirma o coordenador.
O cenário nacional é preocupante e agravado pela postura intransigente da presidência. Recentemente Jair Bolsonaro suspendeu as compras de seringas. A justificativa do governo seria o aumento de preços provocado pela crise sanitária. “Como houve interesse do MS em adquirir seringas para seu estoque regulador, os preços dispararam e o MS suspendeu a compra até que os preços voltem à normalidade”, afirmou o presidente em publicações nas redes sociais, ocultando o fracasso do governo na aquisição de insumos.
Vitória da ciência brasileira traz luz ao fim do túnel
No mesmo dia em que o Brasil completou 200 mil mortes por Covid-19, na tarde de ontem, 07 de janeiro, o Instituto Butantan apresentou à Anvisa o resultado dos testes realizados no Basil que comprovou a eficácia de 78% da Coronavac (vacina produzida pelo instituto) para casos leves da doença. Já para casos graves, a eficácia chega a 100%. Ou seja, do total de pessoas que participaram da pesquisa, nenhuma desenvolveu a doença na forma grave, não precisando assim de internações. Diante dos resultados satisfatórios, o Instituto encaminhou à Anvisa na manhã desta sexta-feira,8, o pedido de uso emergencial da vacina. A agência deverá fazer a análise do uso emergencial em até 10 dias.
Em todo o mundo, mais de 17, 3 milhões de vacinas já foram aplicadas de acordo com levantamento do site “Our World in Data” na manhã desta sexta-feira. Os países estão usando as vacinas da Pfizer/BioNTech, Moderna, Sputnik V, Sinovac e Sinopharm.
Em nota divulgada na noite de ontem, a farmacêutica Pfizer afirmou ter oferecido, em agosto de 2020, a primeira proposta para aquisição de imunizantes pelo governo brasileiro, com possibilidade de entrega das primeiras doses vacinas ainda em dezembro do ano passado. De acordo com a nota, “a Pfizer encaminhou três propostas para o governo brasileiro, para uma possível aquisição de 70 milhões de doses de sua vacina, sendo que a primeira proposta foi encaminhada pela companhia em 15 de agosto de 2020 e considerava um quantitativo para entrega a partir de dezembro de 2020″. Entretanto, o ministério da saúde possui ressalvas em relação à vacina, e com isso, o Brasil segue atrasado.
O presidente genocida Jair Bolsonaro segue negando a pandemia e a ciência, descredibilizando a eficácia da vacina e estimulando aglomerações, e insistindo em tratamentos sem comprovação científica e com efeitos colaterais.
Com o objetivo de pressionar o governo a agir no combate à pandemia, o SINTUFEJUF e a FASUBRA convocam a todas e todos para somarem à campanha pela vacinação de toda a população.
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