As diretorias do Sintufejuf e da Apes se reuniram na tarde de terça-feira, 13 de novembro, com a administração superior da UFJF, representada pelo reitor Marcus Vinicius David, a vice-reitora Girlene Alves da Silva e o Secretário Geral, Rodrigo de Souza Filho. A reunião teve como pauta os informes sobre o orçamento 2018 e da reunião da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), ocorrida no dia 6 de novembro. Os representantes das duas entidades e da reitoria discutiram sobre atual conjuntura das instituições federais de ensino e a defesa do serviço público, além da necessidade de construção de atividades nas universidades federais de todo o país nos dias 04 e 05 de dezembro, em defesa da democracia, da liberdade de expressão e do ensino público, gratuito e de qualidade. Na ocasião, o coordenador de assuntos jurídicos do Sintufejuf, Pedro Cuco relatou sobre o Encontro Nacional Jurídico da Fasubra, ocorrido nos dias 8 e 9 de novembro, que também abordou o tema. A presidente da Apes, Marina Barbosa contribuiu com informes sobre o debate em reunião do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES), que discutiu a importância da unidade para defender as IES, os serviços públicos, a democracia e a Constituição Federal.
Para o secretário Geral, Rodrigo de Souza Filho, independente do cenário político é preciso pensar nas ações para o próximo ano, aprimorando as informações sobre o papel da universidade pública, de maneira que elas repercutam na sociedade.
Além disso, foram discutidas as preocupações em relação ao reflexo de possíveis medidas a serem adotadas pelo governo, como a contrarreforma da previdência, que poderá ocasionar uma “onda” de aposentadorias no serviço público. Caso não sejam realizados concursos, o quadro de trabalhadores nas universidades poderá ficar comprometido. Desta forma, o coordenador geral do Sintufejuf, Flávio Sereno questionou a reitoria se existe um levantamento no número de trabalhadores na instituição que já poderiam se aposentar, e se, com este levantamento, seria possível abrir concurso.
Marcus David informou que para realizar a publicação de edital, já está averiguando com base no número de trabalhadores que recebem abono permanência, e analisando as possibilidades de abertura de concursos, tanto para preenchimento de vagas que já surgiram, quanto a viabilidade de cadastro de reserva.
Esta é uma demanda do Sintufejuf já cobrada em reunião com o reitor desde julho, quando venceu o prazo do concurso de 2014. Preocupação esta, reforçada em nova reunião do Sintufejuf com a administração superior em setembro. Isto porque, além da possibilidade de uma aposentadoria em massa a partir da Reforma da Previdência, o Sintufejuf alerta para o risco de que o próximo governo proíba a realização de novos concursos públicos. Por isso, Flávio Sereno destaca a necessidade do edital ser publicado ainda este ano.
Assedio Moral
Outro ponto de discussão da reunião foi em relação aos casos de assédio moral, que podem acontecer entre os diversos segmentos da instituição. A preocupação apontada pela coordenadora geral do Sintufejuf Maria Angela Costa, é o aumento do número de casos, a partir do crescimento da intolerância. Além disso, segundo ela, é preciso mudar a forma de corrigir os problemas de assédio, uma vez que a maioria dos assediadores se mantém no mesmo setor de trabalho, e quem é removido, é o assediado. Desta forma, o problema tende a se repetir com novos colegas de trabalho.
De acordo com a vice-reitora Girlene Silva, existe o cuidado em garantir o acompanhamento e a manutenção do direito a proteção. Para ela, o grande desafio está em convencer ao assediador que determinada prática que ele faz há anos é assédio moral. Girlene afirma também que o assédio é um problema muito complexo, está ligado à questão de poder, e a maioria das pessoas tem medo de denunciar.
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