Na última sexta-feira, 12, a Comissão de acompanhamento do contrato do Plano de Saúde da UFJF, da qual o SINTUFEJUF faz parte, se reuniu com representantes da Unimed para apresentar uma contraproposta de reajuste do Plano de Saúde. Na ocasião, a contratada havia apresentado uma proposta de reajuste de 22,16%.
O valor é baseado no contrato firmado em 2018, no qual o reajuste está vinculado à sinistralidade (uso do plano nos últimos 12 meses), que no último ano chegou a aproximadamente 90%. De acordo com o documento, quando a sinistralidade é menor ou igual a 75%, o reajuste segue o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Entre 75% e 80%, é considerado o IPCA e o reajuste técnico. Quando a sinistralidade está acima de 80%, apenas o reajuste técnico. A UFJF, apresentou uma contraproposta, através da Progepe de 11,89%, equivalente ao IPCA.
Durante a reunião, o técnico-administrativo em educação (TAE) da UFJF e representante do SINTUFEJUF na comissão, Marcos Louzada, apresentou todos os posicionamentos e encaminhamentos deliberados em assembleia no último dia 10. Ele reafirmou o posicionamento da categoria pela manutenção dos valores atuais (ou seja, reajuste zero). Isto porque, o subsídio do governo no Plano de Saúde permanece inalterado desde 2016, e os salários dos servidores estão congelados há 6 anos, acumulando perdas inflacionárias. Entretanto, diante do quadro apresentado, os TAEs delegaram à representação do sindicato a missão de buscar o menor reajuste possível. Marcos argumentou que, caso o reajuste seja confirmado, independente do índice, muitos usuários temem não poder continuar mais no plano. Deste modo, ele solicitou que a Unimed procure o SINTUFEJUF e apresente um plano mais barato ao sindicato, uma vez que muitos TAEs fazem tratamento e acompanhamento médico com profissionais vinculados à Unimed, e portanto seriam prejudicados.
Além disso, Marcos Louzada apresentou as reclamações da assembleia referentes à dificuldade de marcação de 1ª consulta. Segundo a categoria, muitos profissionais vinculados à Unimed alegam não ter vaga para atendimento pelo plano, sendo muitas vezes priorizadas as consultas particulares. Assim, ele solicitou que seja realizada uma pesquisa de satisfação junto aos usuários. “Eles se comprometeram a realizar a pesquisa logo após resolver a questão do reajuste”, afirma.
Também foi solicitado junto à Progepe e ao Siass, que seja viabilizado o acompanhamento médico regular dos servidores, como parte de um programa de exames médicos periódicos. “Independente de quem vá fazer esse acompanhamento de saúde, seja ou Siass ou a própria Unimed, através desse procedimento será possível proporcionar aos servidores mais qualidade de vida, acionando os tratamentos que forem necessários com mais antecedência e ao próprio plano, devido a adoção de uma postura menos curativa e mais preventiva”, explica.
Segundo Louzada, a Unimed solicitou uma agenda com o reitor para o dia 29 de agosto, quando deverá ser definido o reajuste. O novo valor já será aplicado na mensalidade de setembro.
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