SINTUFEJUF, APES, APG e DCE discutem diretrizes da política de enfrentamento ao assédio e outras violências na UFJF

05/05/2023

Na última quarta feira, as entidades representativas da UFJF (SINTUFEJUF, APES, APG e DCE) se reuniram para discutir sobre diretrizes da política de enfrentamento ao assédio sexual/moral e outras violências na universidade.

Criada a partir de uma demanda local do movimento grevista de 2022 das trabalhadoras e trabalhadores técnico-administrativos em educação da UFJF, a comissão para elaboração da política institucional de enfrentamento ao assédio na instituição representa o reconhecimento da existência do problema, bem como uma iniciativa em busca de solução. As reuniões do Grupo de Trabalho resultaram na elaboração de um fluxograma de atendimento a denúncias que determina o caminho a ser percorrido pela vítima de qualquer tipo de assédio.

Além da criação do fluxograma está sendo elaborada uma minuta de resolução a ser apresentada ao Conselho Superior. Para as entidades, é fundamental que a elaboração da política institucional ocorra a partir das diretrizes definidas pela comunidade acadêmica, e não apenas pela administração, abrangendo também as bases, a comunidade, coletivos, grupos, outros órgãos públicos do município. 

De acordo com a coordenadora do SINTUFEJUF, Elaine Bem, é necessário criar mecanismos para combater essas violências. Nesse sentido, para ela, a reunião ampliada contou um debate rico. “Pudemos ouvir alunos, TAEs e professores que trouxeram vivências, relatos de situações observadas em seus ambientes, dados coletados em pesquisas, experiências de outras universidades”, afirma. 

Segundo Elaine, o interesse por um debate ampliado com a comunidade foi diversas vezes destacado, sendo imprescindível que as diretrizes tenham um caráter preventivo, pedagógico, punitivo, de acolhimento e responsabilidade com as vítimas. “Também observei que para muitos, apenas o estabelecimento de medidas punitivistas, ou tratativas para casos que viram efetivamente denúncias não basta. As questões não podem estar fragmentadas. Precisamos de amplo acolhimento às vítimas, mas também estabelecer medidas para que o comportamento abusivo e tóxico de assediadores não tenha continuidade. Mudar essa pessoa de ambiente somente leva as violências cometidas para outro lugar”, opina.

As diretrizes serão apresentadas na próxima reunião da comissão, marcada para o dia 09 de maio.

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