Na última terça-feira, 19, aconteceu em formato remoto a última reunião do Grupo de Trabalho (GT) do Hospital Universitário (HU) deste ano. O próximo GT irá ocorrer às 15h durante a segunda quinzena de janeiro, ficando a data em aberto.
Devido a resposta do governo à mesa de negociações com os servidores, muito do debate do GT foi pautado na proposta oferecida, além, é claro, de questões trabalhistas relacionadas ao HU, como a sobrecarga neste período de fim de ano. Confira abaixo a proposta realizada pelo governo.
De acordo com a coordenadora geral do SINTUFEJUF, Maria Ângela Ferreira Costa, “foi um balde de água fria. Para nós, (a proposta) foi indecorosa. Já vínhamos falando que as mesas de negociação tinham virado mesas de enrolação e nessa última jogaram uma pá de cal. Fizeram propostas que não contemplam a categoria, pelo contrário, poucos TAEs serão beneficiados com a proposta feita. A maioria dos ativos não recebe auxílio creche e nem plano de saúde, o auxílio alimentação é oferecido para todos, mas não contempla os aposentadas e aposentados e aposentades nesta proposta. Isso fere todo nosso movimento de luta. Nunca aceitamos propostas que deixassem aposentados de fora”.
Ainda segundo Maria Ângela, essa proposta foi feita para rachar a categoria. ”É desrespeitar o que temos de mais sério e importante: toda nossa luta é para ativos e aposentados, quem construiu tudo até hoje. É que nem a questão da ancestralidade. É uma proposta indecorosa, que busca causar conflito entre nós no movimento. A situação está tão difícil, mas tão difícil, que alguns vão pensar em aceitar, mas é uma armadilha, pois acaba com a paridade entre ativos e aposentados. O salário mesmo é zero. É a pior coisa que poderia ter sido feita. Não esperávamos nada diferente. Essa proposta afeta, inclusive, nossa Carreira. O governo precisa colocar dinheiro pra carreira, mas já disseram que não tem. Temos que responder a altura!”.
Ela acrescenta que: “se não valorizam os trabalhadores da educação, viram as costas para os trabalhadores da saúde nesse pós pandemia… Inclusive, é sempre importante relembrar que vários trabalhadores da saúde morreram prestando serviço à sociedade brasileira, e agora viram as costas para nós. Isso não é aceitável. A maioria dos aposentados, quando se aposenta, chega em uma idade em que os custos aumentam: a alimentação fica mais cara, a saúde, os remédios. É tudo mais difícil. E aí o Governo propõe cortar benefícios para os aposentados? Precisamos é de mais e melhores condições para os mesmos. Brigamos para os aposentados terem uma vida digna, depois de terem servido tanto para a construção do país, das universidades e institutos federais. O governo não acena nem a reposição da inflação. Não podemos aceitar”.
Só a luta muda a vida.
Feliz Natal e próspero Ano Novo!
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