Com o objetivo de orientar as atividades que hoje são desenvolvidas presencialmente e a preparação da instituição para responder às necessidades institucionais que possam surgir em decorrência da pandemia, os protocolos de biossegurança foram desenvolvidos pela Comissão de Infraestrutura e Saúde e aprovados pelo Conselho Superior da Universidade Federal de Juiz de Fora no dia 20 de agosto. Divulgados esta semana, os protocolos estão em vigor enquanto durar a pandemia de Covid-19, provocada pelo novo coronavírus, conforme Resolução nº 34/2020.
Segundo a vice-reitora da UFJF e presidente do Comitê de Monitoramento e Orientação para COVID-19, Girlene Alves, o documento foi elaborado para possibilitar o seguimento das normas científicas vigentes e dar segurança à comunidade acadêmica no sentido da prevenção ao adoecimento. “No decorrer dos trabalhos da referida comissão, a mesma teve o cuidado de consultar o Comitê sobre o protocolo norteador. Certamente, as especificidades serão tratadas com protocolos específicos, no sentido de assegurar as medidas de proteção da comunidade acadêmica” explica.
A medida busca atender demandas específicas de cada unidade acadêmica e administrativa, conforme avaliação do Comitê do Monitoramento e Orientações de Conduta sobre Coronavírus/UFJF e do Grupo Executivo Operacional. O documento inclui orientações a comunidade acadêmica desde a saída de casa até o retorno após período de permanência na instituição. Conforme Girlene, o seguimento do protocolo aprovado é uma importante estratégia de enfrentamento à covid-19, uma vez que a sociedade ainda está diante de um agravo à saúde, sem vacina e sem tratamento eficaz.
De acordo com o coordenador geral do SINTUFEJUF, Flávio Sereno, embora a maioria das atividades presenciais estejam suspensas, os protocolos são necessários para buscar garantir a segurança de quem está atuando nos espaços físicos da instituição. “É importante que as pessoas ajudem a monitorar e avisem aos gestores e a suas entidades representativas se observarem o não cumprimento de algum deles. Assim, a situação poderá ser corrigida”, explica. Segundo ele, os protocolos foram desenvolvidos para todas as atividades presenciais, que já aconteciam desde março e também para qualquer outra que venha a acontecer de forma pontual.
A presidente do DCE, Ana Lídia Resende acredita que as medidas são importantes para que os profissionais que trabalham na UFJF possam ter o mínimo de segurança no desenvolvimento de suas tarefas. “E essas regulamentações precisam ser tomadas em unidade, por todo o corpo da Universidade, e repassadas a toda comunidade acadêmica, para que não exista formas de atividades irregulares de uma unidade para outra” opina. Ana Lídia reforça ainda a necessidade da instituição garantir questões mínimas de qualidade do trabalho tanto o presencial quanto em home office. “Precisamos cobrar nos espaços internos das unidades, como o Conselho de Unidade, que as medidas de segurança sejam seguidas e que os trabalhadores tenham condições adequadas de biossegurança. Essa tarefa de fiscalizar o cumprimento das medidas é de toda a comunidade acadêmica”, afirma
Em relação à prorrogação da suspensão das atividades presenciais o debate sobre o tema ocorreu no último dia 26, no Conselho Superior, que decidiu seguir a orientação que foi apresentada pelo Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas sobre o Novo Coronavírus (SarsCov-2). Atualmente, a UFJF está se preparando para o Ensino Remoto Emergencial nos cursos de graduação, conforme já divulgado, a partir do dia 21 de setembro. Deste modo, os protocolos de biossegurança não representam retorno presencial, mas a preocupação com a segurança daqueles que estão atuando no espaço físico da UFJF.
A respeito da orientação quanto ao uso de máscara, o documento ressalta que esta medida não substitui a necessidade de manter distanciamento social, a higiene das mãos, etiqueta respiratória de tosse/espirro e higienização de superfícies, sendo apenas uma proteção complementar a todas as outras, conforme recomendação da ANVISA. Deste modo, a UFJF reafirma a obrigatoriedade do uso de máscara para todos que circulam e permanecem na UFJF (estudantes, servidores, trabalhadores terceirizados, prestadores de serviços e visitantes), de acordo com o Decreto 13.893/2020 em Juiz de Fora e o Decreto Nº 11.162/2020 em Governador Valadares.
Sobre o distanciamento social, com o objetivo de evitar aglomerações em qualquer ambiente da instituição, a orientação é manter uma distância mínima de um metro e meio (1,5m) entre as pessoas. Para isto, será necessária a reordenação de todos os ambientes para que as mesas, carteiras, computadores e postos de trabalho permaneçam adequadamente distanciados.
Os setores administrativos deverão disponibilizar álcool em gel a 70%, revestir equipamentos como teclado, controle remoto e telefone com plástico filme (se possível e se for adequado ao uso) e higienizar esses itens com álcool líquido a 70% antes e após a utilização.
Para os servidores que atuam com atendimento ao público, deverão ser fornecidos máscara facial e protetor facial com viseira transparente de polímero resistente e com tira regulável.
Em caso de sintomas como tosse, febre, coriza, dor de garganta, dificuldade para respirar, fadiga, tremores e calafrios, dor muscular, dor de cabeça, perda recente do olfato ou paladar, a pessoa deverá comunicar imediatamente a Instituição para identificar possíveis focos de infecção. Os casos confirmados, suspeitos, ou que tiveram contato próximo com pessoas com a COVID-19 sem a proteção recomendada, deverão ser afastados por 14 dias.
Para a presidente da Apes, Marina Barbosa, a adoção do do protocolo é um marco regulatório importante em defesa da segurança e da vida da comunidade acadêmica e também da sociedade de Juiz de Fora, portanto, uma ferramenta importante de combate a pandemia. “Entendemos que os esforços conjuntos deverão implicar em novos comportamentos, ações e condutas que irão permear os processos de trabalho e as relações sociais. Mas a preocupação com a segurança daqueles que estão atuando no espaço físico da UFJF e também com o planejamento adequado da instituição para que ao ser sinalizada a possibilidade de retomada possamos ter infraestrutura e condições adequadas para lidar com as novas perspectivas impostas pela Covid19” afirma Marina. A diretora destaca que as entidades estarão disponíveis para seguir a defesa dos direitos nessa situação de excepcionalidade e da vida.
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