Na última segunda feira, dia 26 de novembro, o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Juiz de Fora (Sintufejuf) realizou a palestra “Segurança nas instituições federais de ensino”, no Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro e integrante dos grupos “Policiais antifascismo” e “Associação dos agentes da lei contra a proibição” Orlando Zaccone. Participaram da mesa de abertura a coordenação geral do Sintufejuf, Maria Angela Costa e Flávio Sereno, além do coordenador de segurança da UFJF, Isalino Clemente. O evento marcou o lançamento do GT Segurança do Sintufejuf, cuja criação foi aprovada em assembleia geral da categoria no primeiro semestre de 2018. A partir de agora o GT tem autonomia para convocar reuniões, construir atividades e colocar em pauta as questões ligadas a segurança. Parte da palestra foi transmitida ao vivo através do canal do Sintufejuf no youtube, clique AQUI para assistir.
Além de servidores técnico-administrativo em educação (TAEs) da Vigilância da UFJF e de outros setores, participaram também vigilantes terceirizados, docentes, estudantes e um grupo de servidores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). O palestrante, Orlando Zaccone, falou sobre a importância da prevenção, ao invés da repressão. Além disso, destacou três pontos principais para pensar a segurança pública: O primeiro é a construção de um modelo democrático, em conjunto com o destinatário do serviço, ou seja a comunidade acadêmica, composta tanto pelos trabalhadores da universidade e estudantes quanto a comunidade externa. O segundo é a consciência de que o agente de segurança é um trabalhador como qualquer outro. Por fim, a necessidade de construção de um modelo preventivo, que necessite cada vez menos da repressão e possa ir à raiz dos problemas da comunidade.
Orlando Zaccone também sugeriu ao GT Segurança do Sintufejuf que discuta sobre a construção de um fórum permanente para debater a segurança pública na Universidade, para que seja possível construir um modelo democrático e que dialogue com os destinatários do serviço. “É necessário que a gente construa um diálogo das forças de segurança e principalmente do trabalhador da segurança pública com a sociedade para que a gente possa criar esse projeto democrático. A gente não acredita que um modelo de segurança pública pode ser construído a partir de especialistas ou de policiais, porque um projeto de segurança pública é algo que vai atingir a vida das pessoas no seu dia a dia e que portanto não pode ser algo que não contemple os interesses e as realidades da população”, afirmou Zaccone. Já existe na UFJF um fórum de segurança como o proposto, porém aconteceram somente as primeiras reuniões e atualmente ele está desarticulado.
Os servidores da UFRRJ que participaram do evento compartilharam as dificuldades em conseguir construir um fórum como esse na Universidade, mas também trouxeram relatos de experiências positivas de diálogo com a comunidade acadêmica, o que aproximou trabalhadores da segurança e usuários do serviço, conseguindo reduzir casos de assédio e assaltos, por exemplo.
O coordenador geral do Sintufejuf, Flávio Sereno, fez uma avaliação positiva do evento e afirmou que a participação da categoria na discussão sobre os modelos de segurança é fundamental. “Esperamos que os debates no GT possam contribuir com o Fórum de Segurança da UFJF, inclusive no sentido de dinamizá-lo, já que as reclamações que chegam ao sindicato são no sentido de que o fórum pouco tem se reunido”, afirmou Sereno.
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