Realizada de forma virtual nos dias 25 e 26 de junho, a Plenária Nacional da Fasubra aprovou a construção de uma greve sanitária. O encontro contou com a participação de delegados credenciados de 35 entidades filiadas à federação. Representando o SINTUFEJUF estiveram presentes a coordenadora Isabel Cristina Nascimento, o coordenador geral Flávio Sereno e o técnico-administrativo Rogério Silva.
A decisão prevê ações a serem realizadas conforme os trabalhadores estiverem sendo inseridos no processo de trabalho presencial. De acordo com Flávio Sereno, a proposta deverá ser discutida em assembleia geral dos técnico-administrativos em educação. Segundo o coordenador, a deliberação nacional se encaixa na situação atual da UFJF, onde o Conselho Superior decidiu pela autorização do chamado semestre suplementar, com aulas práticas presenciais em quatro cursos nos campi de Juiz de Fora e Governador Valadares. “Esta aprovação significa a convocação para o retorno ao trabalho presencial, de mais de 100 TAEs, sem que estes tenham completado seu processo de imunização”, afirma Flávio.
Conforme deliberação da Plenária, para que ocorra o retorno presencial das atividades é necessária a imunização completa (segunda dose) de toda comunidade universitária, além da redução significativa de casos de Covid-19 no país, representada pela queda na curva epidêmica nacional, estadual e local. É imprescindível também que todos os protocolos de biossegurança sejam adotados, como a adequação dos espaços físicos das instituições atendendo às normas sanitárias de controle de contágio do Covid-19, a realização de escalonamento do retorno de acordo com os protocolos de saúde sobre os grupos de risco, e essencialmente a garantia, para toda comunidade, de equipamentos de proteção individual conforme orientado pela Agência Nacional de Saúde (ANS). Caso o cenário de retorno presencial não contemple essas exigências, a categoria técnico-administrativa poderá entrar em greve. A Fasubra tenta ainda a abertura de negociação com a Andifes para evitar esta situação.
“O objetivo é a proteção da vida. E o entendimento da FASUBRA é que sem estas condições não há segurança neste retorno presencial”, afirma Flávio Sereno. “Este entendimento também foi o da assembleia do sindicato que recentemente se posicionou por unanimidade contra o semestre suplementar neste momento”, completa.
Entre os demais encaminhamentos aprovados pela Plenária estão a luta pela não inclusão da educação básica e superior presenciais como serviços e atividades essenciais, inclusive durante enfrentamento da pandemia, de emergência e de calamidade pública, conforme o PL 5595/20, e a intensificação da luta contra a Reforma Administrativa através pressão aos parlamentares para que votem contra a proposta, além da realização de atos e debates em todas as câmaras municipais e legislativas entre outras ações de mobilização.
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