Mais de 260 Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação da UFJF e IF Sudeste MG aprovam indicativo de greve para 11 de março

27/02/2024

Em assembleia geral híbrida, com a participação de mais de 260 pessoas, os Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), abrangendo Juiz de Fora e Governador Valadares, e do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG), incluindo a reitoria, Juiz de Fora e Santos Dumont, aprovaram o indicativo de greve para o dia 11 de março. A data segue orientação da  Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra). A deliberação contou com apenas uma abstenção e nenhum voto contrário. A deflagração oficial ocorrerá em uma nova assembleia da categoria, marcada para o próximo dia 07 na UFJF e na mesma semana no IF Sudeste MG.

O principal objetivo do movimento é pressionar o governo em defesa da reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). Desde outubro do ano passado, a Fasubra  e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) apresentaram uma proposta de reestruturação ao Ministério de Gestão e Inovação (MGI). No entanto, apenas no último dia 22, quinta-feira, foi realizada a 3ª Mesa Específica e Temporária, sem resposta do governo federal às demandas das entidades sindicais.

Além disso, o governo reafirmou a política de reajuste zero para a categoria em 2024 e propôs um aumento de 9% dividido em dois anos (2025 e 2026), o que está consideravelmente abaixo da recomposição das perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos.

Diante deste impasse, a assembleia reconheceu a necessidade de intensificar a mobilização rumo à greve geral. Segundo Flavio Sereno, coordenador geral do SINTUFEJUF, a chave para as conquistas é a mobilização contínua durante a greve e a pressão interna junto aos reitores para respeitarem o movimento. Flávio enfatiza que a greve vitoriosa depende da mobilização. Ele ressaltou que, nesse contexto, a greve se torna uma ferramenta poderosa para pressionar o Ministério de Gestão e Inovação (MGI) na disputa de orçamento e direcionar recursos de forma a valorizar os TAEs, reconhecendo assim sua importância fundamental para o funcionamento das instituições de ensino superior. Neste sentido, o coordenador lembrou que a reestruturação da carreira ocupou o terceiro lugar na plataforma de participação da população, Brasil Participativo, sendo a mais votada da área de educação do país. Deste modo, a categoria espera que o governo honre o compromisso de ouvir e atender a população.

Maria Angela Costa, coordenadora geral do SINTUFEJUF, destaca a importância de solicitar apoio do Conselho Superior tanto da UFJF quanto do IF SUDESTE MG à greve, fortalecendo-a e evitando possíveis retaliações. 

A assembleia contou com uma grande participação dos presentes, tanto na plataforma virtual, quanto no anfiteatro, que em suas diversas falas reforçaram a necessidade de construção da greve a partir do dia 11. Na ocasião, foram  discutidas as estratégias para fortalecer o movimento, desde mobilização interna até a busca de apoio externo, incluindo parlamentares e entidades acadêmicas. O consenso mostrou que a greve é um instrumento legítimo de luta dos trabalhadores técnico-administrativos em educação, e sua realização requer responsabilidade, participação e união.

Conforme relatado na assembleia, o movimento busca visibilidade para as demandas da categoria, bem como valorização e respeito por parte do governo e das instituições. A próxima assembleia está agendada para o dia 05 de março, quando será decidido o rumo definitivo do movimento grevista e a instalação dos Comandos Locais de Greve a partir do dia 11.

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