Para marcar o “Dia Nacional de Luta contra os juros altos”, a Fasubra entre outras centrais e entidades sindicais e movimentos populares realizam atos nesta terça-feira, 21, em todo o país. O objetivo é cobrar a redução da taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 13,75% ao ano, e manifestar contra a dependência do Banco Central (BC) ao capital financeiro especulativo. Na data, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC) irá discutir se mantém ou não o percentual da taxa. A participação da federação nos atos foi aprovada na última Plenária Nacional, realizada nos dias 10 e 11 de março, em Brasília.
De acordo com o coordenador de Administração e Finanças do SINTUFEJUF, Luiz Tegedor, essa é uma luta muito importante para a classe trabalhadora como um todo, uma vez que é quem utiliza os serviços públicos. Segundo ele, quando a taxa de juros é elevada, o Estado gasta mais com a dívida pública e sobra menos recurso para as políticas públicas como saúde, educação e investimento público. “A taxa de juros alta implica diretamente na redução da oferta de serviços públicos, enquanto o recurso é repassado para o mercado financeiro”, explica. Além disso, conforme o coordenador, as taxas de juros dos bancos e empréstimos também sobem, e com isso, o trabalhador fica cada vez mais endividado, dificultando quitar os empréstimos. “Então, impacta na economia do indivíduo, dos trabalhadores e impacta na economia do setor público. Ou seja, a taxa de juros alta interessa somente a elite, a burguesia, que é quem hoje dirige o banco central e que define as taxas”, completa.
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