Durante a paralisação nacional de 48 horas convocada pela FASUBRA Sindical, nos dias 15 e 16 de julho, as trabalhadoras e os trabalhadores técnico-administrativos em educação da UFJF e do IF Sudeste MG realizaram atividades de mobilização em Juiz de Fora com foco na defesa dos serviços públicos e na construção de uma reforma tributária mais justa.
A principal ação local foi a coleta de assinaturas para o Plebiscito Popular 2025, que aconteceu na terça-feira (15), no Parque Halfeld, em frente à Câmara Municipal, das 10h às 13h. Na ocasião, um grupo de manifestantes entrou na Câmara, percorreu os gabinetes dos parlamentares, entregou panfletos informativos e convidou os vereadores a se somarem ao movimento.
Já na quarta-feira (16), a atividade foi realizada no campus da UFJF, também das 10h às 13h, reforçando o diálogo com a comunidade acadêmica e com a população sobre temas como a injustiça tributária e os impactos da Reforma Administrativa (PEC 32). Na ocasião, a coordenadora geral do SINTUFEJUF, Rosângela Marcia Frizzero, utilizou o microfone para dialogar com quem passasse pelo campus, convidando todos a votarem.
Segundo a coordenadora de saúde do SINTUFEJUF, Janemar Melandre, a ação foi importante para reforçar o caráter coletivo da luta. “A paralisação foi deliberada em assembleia da categoria e atendeu à convocação nacional da FASUBRA. Em Juiz de Fora, colocamos a urna do plebiscito nas ruas e também na universidade para escutar a população e denunciar os ataques aos serviços públicos. Defendemos que quem ganha até R$ 5 mil seja isento do imposto de renda, e que os super-ricos arquem com uma carga tributária justa. Isso é parte de uma luta maior por um país menos desigual. Ao longo dos dois dias, a presença nas ruas e nos espaços institucionais demonstrou que a categoria segue mobilizada e disposta a lutar pela valorização do serviço público e por uma sociedade mais justa e democrática.”, explica.
O Plebiscito Popular 2025 é uma iniciativa nacional construída por movimentos sociais, centrais sindicais, entidades de fé, juventudes, artistas e partidos progressistas. A proposta é ouvir o povo brasileiro sobre temas urgentes e pressionar o Congresso Nacional por mudanças estruturais. Em Juiz de Fora, a urna permanecerá disponível na sede administrativa do SINTUFEJUF para que mais pessoas possam participar da consulta.
A paralisação de 48 horas teve como eixos principais a cobrança pelo cumprimento integral do Acordo de Greve assinado pelo Governo Federal com a FASUBRA e a oposição à Reforma Administrativa, que ameaça a estrutura dos serviços públicos, a estabilidade dos servidores e os direitos conquistados historicamente.
Já a mobilização local também pautou a crítica à proposta de escala de trabalho 6×1, considerada um retrocesso. A categoria defende a manutenção da jornada 5×2 para toda a população e a adoção de políticas que valorizem a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras, especialmente das mulheres, que acumulam a maior parte do trabalho doméstico e de cuidado não remunerado.
