O dia nacional da saúde, 5 de Agosto, tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância da educação sanitária e a ter um estilo de vida mais saudável. Foi escolhida em homenagem ao médico e sanitarista Oswaldo Gonçalves Cruz, que nasceu nesse dia em 1872.
Oswaldo Cruz foi um importante personagem na história do combate e erradicação das epidemias da febre amarela, peste bubônica e a varíola no Brasil. Além de ter fundado em 1900 o Instituto Soroterápico Federal, transformado em 1908 em Instituto Oswaldo Cruz.
Cinquenta e quatro anos após o estabelecimento da data comemorativa, o Brasil passa pela segunda vez o 5 de Agosto em pandemia. Em meio às fatalidades, os profissionais que zelam pela saúde lutam continuamente para conter os danos e atender a quem precisa.
Isabel Nascimento, servidora técnico-administrativa em educação (TAE) do Hospital Universitário (HU/UFJF), relata que o choque inicial se deu pela falta de informação, sem conhecerem as reais formas de contaminação. “Muitos trabalhadores tiveram problemas, inclusive psicológicos, porque não conseguiam nem ao menos contar para seus familiares, como suas mães, que estavam contaminados com a covid”, nos conta ela.
Atualmente, as inseguranças continuam, uma vez que o vírus vem sofrendo constantes mudanças.
Os enfrentamentos da pandemia ainda são árduos para os que estão envolvidos diretamente com os pacientes. A falta de investimento em infraestrutura, vacinas rápidas e as constantes mudanças de ministros que dificultam a organização e tomadas rápidas de decisões, retornam em jornadas ainda mais exaustivas para os que trabalham com a saúde.
“Trabalhei e continuo trabalhando muito. Com garra. Eu trabalho para a instituição, pela instituição. Com muita garra, alegria”, diz Rosângela Maria Machado Gomes, também servidora do HU. “Nós brasileiros, não temos cultura de cuidado com a saúde, nós não damos importância básica a pequenas atitudes para cuidar de nossa saúde. Coisas básicas, por exemplo, como beber bastante água, negligenciamos”, continua ela.
Para Rosângela, a falta de informação e interesse de parte da população foi um grande obstáculo em seu trabalho, tendo que, algumas vezes, encarar falas desrespeitosas e atitudes hostis. “Trabalhar na saúde está cada dia mais difícil, e com isso adoecemos, fisicamente e psicologicamente. Sonho com dias melhores, precisamos ter mais respeito com nós mesmos. Impor, cobrar, protestar, fazer valer os impostos que pagamos. Somente com consciência política e garantia dos nossos direitos que vejo melhoras lá na frente.”
É importante lembrar que a vacinação é fundamental. Mantenha-se atento ao calendário de vacinação municipal e certifique-se de ter as duas doses da vacina em dia. De acordo com os boletins publicados pela Prefeitura de Juiz de Fora em suas redes sociais, o número de casos confirmados e vítimas fatais vem decrescendo constantemente, sendo o último publicado, na quarta-feira, 04, sem nenhum óbito na cidade.
O desejo é que futuramente as condições desse trabalho tão vital sejam de maior atenção governamental, para que as felicitações a todos os profissionais da área da saúde envolvidos no combate à pandemia pela data e pela dedicação empenhada sejam de fato honradas.
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