Dia da Trabalhadora e do Trabalhador é Dia de Luta pela Valorização e Dignidade da Classe Trabalhadora

30/04/2025

O 1º de Maio, historicamente marcado por lutas e conquistas da classe trabalhadora, é muito mais do que um feriado: é um símbolo de resistência, memória e reivindicação por direitos. No contexto das instituições federais de ensino, esse dia ganha um significado ainda mais profundo, ao refletirmos sobre o papel fundamental dos trabalhadores técnico-administrativos em educação (TAEs) na construção de uma sociedade mais justa, crítica e democrática.

Conforme orientação da Fasubra Sindical para a participação em atos locais na data, o SINTUFEJUF convoca toda a categoria para o Ato Unificado de 1º de Maio das Trabalhadoras e dos Trabalhadores, convocado pela CUT e entidades sindicais, que acontece nesta quinta-feira, a partir das 9h30, na Praça Antônio Carlos, em Juiz de Fora. É o momento de reafirmar a luta por valorização, direitos e condições dignas de trabalho.

A coordenadora geral do SINTUFEJUF, Rosangela Márcia Frizzero, relembra que todas as conquistas obtidas pelos TAEs foram fruto de muita luta e mobilização. Para ela, os desafios atuais incluem a manutenção de direitos ameaçados e até mesmo em processo de retirada. “Este não é um dia apenas de comemoração, mas, sobretudo, de luta, de resistência e de memória das batalhas travadas pelas gerações anteriores para garantir condições mínimas de dignidade no trabalho. A data nos convoca a refletir sobre nossas conquistas e a necessidade de defendê-las.”, destaca.

Rosângela também ressalta que, além da pauta salarial, é urgente debater questões relacionadas à saúde mental, segurança no ambiente de trabalho, valorização da carreira e capacitação. “O assédio moral é uma das grandes lutas que temos de enfrentar dentro das instituições de ensino”, afirma.

Mesmo diante de sucessivas tentativas de esvaziamento do caráter combativo do 1º de Maio — transformando-o em um simples “dia do trabalho” — o movimento sindical reafirma: 1º de Maio é dia de luta. E é também dia de reconhecer o papel essencial de quem mantém a educação pública funcionando todos os dias.

Educação como Pilar da Sociedade

Para Rosangela, as trabalhadores técnico-administrativos das universidades e institutos federais não apenas executam funções essenciais para o funcionamento das instituições: são parte ativa da formação cidadã, do fortalecimento da ciência e da democratização do conhecimento. Cada setor, cada departamento, cada laboratório, sala de atendimento ou enfermaria só funciona graças ao esforço coletivo de TAEs comprometidos com a missão pública da educação.

Conforme a coordenadora, os TAEs são fundamentais para o funcionamento da universidade pública e parte essencial da construção de uma instituição democrática, crítica e comprometida com a sociedade. “Mas, infelizmente, nosso trabalho ainda é pouco reconhecido, e vivemos uma realidade de desvalorização, sobrecarga e ataques ao nosso plano de carreira”, lamenta.

Esse compromisso se estende também aos trabalhadores dos hospitais universitários, que além de contribuírem para a formação de profissionais da saúde, são agentes diretos na assistência à população, muitas vezes em contextos de alta complexidade. São esses trabalhadores que garantem, na prática, o acesso à saúde pública e de qualidade, enfrentando jornadas exaustivas e lidando com recursos limitados.

Valorização: Remuneração Justa e Condições Dignas

A valorização desses profissionais vai além de uma pauta salarial — embora a luta por remuneração justa e compatível com a responsabilidade das funções seja central. É fundamental garantir condições dignas de trabalho, respeito ao plano de carreira, investimento em capacitação e políticas eficazes de saúde mental e segurança.

A história da classe trabalhadora no Brasil é também a história de conquistas fundamentais: salário-mínimo, férias, 13º salário, direito à aposentadoria e, no caso dos TAEs, o Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). “Cada um desses direitos foi resultado de mobilização, resistência e pressão popular”,acrescenta Rosangela.

Resistência e Futuro

Neste 1º de Maio, o SINTUFEJUF reforça o chamado à mobilização e à consciência coletiva. Não se trata apenas de relembrar conquistas passadas, mas de lutar para que elas sejam preservadas e ampliadas. Em um cenário de cortes orçamentários, tentativas de flexibilização de direitos e crescente desvalorização do serviço público, é mais urgente do que nunca fortalecer a organização da classe trabalhadora.

A valorização da educação pública passa, necessariamente, pela valorização de seus trabalhadores. E o 1º de Maio nos lembra que cada conquista veio da luta — e que é por meio dela que continuaremos avançando. “Neste 1º de Maio, chamamos todas e todos à união e à luta. Porque só com mobilização e consciência coletiva é que conseguimos avançar! Venha para a luta”, destaca Rosângela.

SINTUFEJUF – Sindicato de luta, em defesa da educação pública e dos trabalhadores técnico-administrativos em educação.

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