Em reunião extraordinária na próxima segunda-feira, 14, o Conselho Superior da UFJF (Consu) irá discutir e deliberar em relação à exigência ou não de comprovante de vacinação (passaporte vacinal) para o retorno das atividades presenciais e acesso às dependências universitárias serão realizadas.
Representante das trabalhadoras e trabalhadores técnico-administrativos em educação da UFJF (TAEs) no Consu e coordenador geral do SINTUFEJUF, Flávio Sereno espera que a instituição se alinhe com as dezenas de outras universidades que já decidiram pelo passaporte de vacinação. “É uma questão de proteção coletiva da comunidade acadêmica. O trabalho presencial é possível de acontecer se tiver equipamentos de proteção individual, ambientes ventilados sem aglomeração e pessoas vacinadas. Sem isso, o espaço de trabalho e estudo pode ser de alto risco”, defende.
O coordenador relembra que em setembro de 2021, por delegação unânime da assembleia geral da categoria, o SINTUFEJUF levou à apreciação do conselho superior a proposta do passaporte de vacinação para que a comunidade externa pudesse acessar os equipamentos culturais e o Jardim Botânico. “Nada mais coerente que o mesmo conselho que naquele momento acolheu essa nossa proposta, agora também reforce a segurança da própria comunidade que representa”, explica.
Conforme decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, “as instituições de ensino têm autoridade para exercer sua autonomia universitária e podem legitimamente exigir a comprovação de vacinação”. Questionada pelo SINTUFEJUF, a reitoria preferiu não emitir posicionamento antes do debate no Consu.
Mudanças no protocolo
Na tarde de ontem, 09, o conselho alterou quatro pontos dos protocolos de biossegurança da instituição. As mudanças incluem a redução no distanciamento mínimo para 1m; fim do uso de plástico filme para revestimento de equipamentos como teclados e telefones; fim do uso de barreiras de acrílico; e o uso de protetores faciais com viseiras transparentes recomendado para ambientes e situações específicas de atendimento ao público.
Flávio Sereno demonstra preocupação em relação ao crescente índice de transmissão da Covid-19 nas últimas semanas, e defendeu o incentivo ao trabalho remoto no atual panorama. Segundo ele, durante a reunião do conselho, o sindicato destacou que a expectativa da categoria, desde o início de janeiro, é que a organização do trabalho presencial e os protocolos fossem ajustados levando em conta a explosão de novos casos da variante Ômicron. “É correto planejar o retorno às aulas presenciais mesmo sem a certeza do cenário futuro da pandemia. E, replanejar de acordo com a realidade de quando as aulas efetivamente estiverem pra começar. Porém, entendemos que já estamos numa fase de grande contágio desde a segunda semana de janeiro e, portanto, o trabalho remoto deveria ser ainda mais incentivado neste período anterior às aulas presenciais”, afirma. Além disso, para ele, a instituição deveria realizar um esforço para fornecer máscaras de qualidade para todos que trabalham e estudam na UFJF. O fornecimento de máscaras N95 para os TAEs está garantido para a categoria no termo de acordo da greve sanitária firmado com a reitoria em outubro de 2021, entretanto, a preocupação de Flávio se estende a toda comunidade acadêmica.
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