Consu da UFJF aumenta o valor das bolsas Proquali

06/03/2023

Foi aprovado, por unanimidade, pelo Conselho Superior (Consu) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o aumento nos valores das bolsas do Programa de Apoio à Qualificação (Proquali). O reajuste é válido a partir de abril, com as remunerações referentes a março, e representa o pagamento de mais de 4.700 bolsas para estudantes e servidores. 

São oferecidas até 130 bolsas pela UFJF aos TAEs da Instituição, sendo pagos os valores de R$ 750 para cursos de pós-graduação stricto sensu e R$ 300 para graduações e cursos lato sensu. Após a aprovação do Consu, o auxílio financeiro nas bolsas Proquali será de  R$ 1.130 para o primeiro grupo e R$ 450 para o segundo.

De acordo com a coordenadora de Educação e Formação Sindical do SINTUFEJUF, Elaine de Bem: “ainda temos um percentual muito pequeno de TAEs com acesso à qualificação. No cenário atual  o acesso a qualificação é muito dificultado, porque tomar mais uma tarefa diária a se enquadrar nas outras atividades gera um custo de tempo e de recurso. O Consu tomou uma decisão muito acertada em ajustar essas bolsas do Proquali e todas as demais (graduação e pós). Se faz urgente que o incentivo financeiro a qualificação responda de uma forma mais real ao custo de se qualificar e se propor a atravessar esse novo caminho da qualificação”. 

A coordenadora suplente do SINTUFEJUF, Luana Lombardi, que participou da reunião do Consu, afirma que: a “recomposição para o valor atual é ainda insuficiente, que não considera as perdas salariais e as perdas econômicas, mas entendemos que, mesmo não estando em um valor ideal, que proporcionaria a manutenção desses estudos, já saímos da situação caótica anterior”. 

Antes do primeiro corte no orçamento do Proquali, o valor das bolsas de pós-graduação era de R$1600,00. Após este corte, passou a ser de R$1000,00. E durante a “Crise das Bolsas”, chegou ao valor de, somente, R$750,00. No caso das bolsas de graduação, os cortes fizeram com que o seu valor chegasse a R$300,00. A coordenadora acrescenta que essa é uma recomposição emergencial. 

Para Luana, a partir desse ano é possível pensar em uma recomposição real, equivalente às perdas financeiras que a categoria tem tido. “Esse incentivo à qualificação também acompanharia as defasagens do mercado, dos juros e dos aumentos de preço do mercado. Nossa fala dentro do Consu foi dentro desse sentido. Vemos essa recomposição como uma possibilidade de retomada da nossa categoria poder voltar a ter condições de ingressar em uma capacitação. Nosso espectro de carreira é muito grande. Temos trabalhadoras e trabalhadores que ganham próximo a um salário mínimo e que essas categorias que têm os salários menores, são quem estão com maiores precariedades econômicas, e isso acaba acarretando para a não capacitação dos TAEs”, afirma.

O representante dos TAEs no Consu, Márcio Sá Fortes, sintetiza a questão:  “É preciso seguir pressionando por valores maiores e mais bolsas”.

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