Consu aprova propostas dos conselhos setoriais com ajustes indicados por Comissão Acadêmica de Ensino Superior

07/07/2020

O Conselho Superior (Consu)  reunido por videoconferência na última sexta-feira, 3 de julho e, e na tarde ontem, 06, aprovou as propostas do Conselho de Graduação (CONGRAD) a regulamentação das orientações e das defesas de trabalhos de conclusão de curso, do Conselho de Extensão (CONEX) sobre as condições de desenvolvimento dos projetos de extensão durante o isolamento social e Conselho Setorial de Pós-Graduação e Pesquisa (CSPP) sobre “ensino remoto emergencial”. As três propostas já haviam sido analisadas pela Comissão Acadêmica de Ensino Superior que elaborou um parecer para cada uma delas a fim de subsidiar os debates pelo Consu. As minutas já foram publicadas no site da UFJF.

De acordo com o coordenador de Comunicação do Sintufejuf e representante dos trabalhadores técnico-administrativos em educação na Comissão Acadêmica de Ensino Superior, Márcio Sá Fortes, a reunião foi longa, as duas primeiras propostas foram debatidas ainda na sexta, mas o “ensino remoto emergencial” apresentado pela CSPP, ficou para ser discutido ontem. Sobre a proposta do CONEX, que diz respeito à execução das atividades de extensão de forma remota foram realizados poucos ajustes, uma vez que dá continuidade aos trabalhos e projeto de extensão que estavam previstos para funcionar em 2020.

Em relação à aprovação da defesa remota dos Trabalhos de Conclusão de Curso, ficou acordado que irá depender da aceitação tanto do aluno ter a orientação e a defesa à distância, quanto do professor orientador. Caso o aluno não deseje realizar desta maneira, não haverá penalidade acadêmica para o mesmo.

Sobre o “Ensino remoto emergencial” (ERE) que propunha a substituição das aulas presenciais por educação a distância durante a suspensão das atividades acadêmicas presenciais na UFJF, o debate foi mais intenso. Segundo Márcio, no parecer da comissão já havia a sugestão para que o ensino remoto não se desdobrasse em trabalho presencial nas secretarias, bibliotecas e unidades administrativas. “Esta proposição foi colocada pelas entidades na reunião da comissão e enfim encampou a indicação de inclusão deste ponto. Na resolução fala que enquanto houver a indicação do distanciamento, não vai gerar trabalho presencial” afirma.

Para o coordenador geral do Sintufeuf e membro do Consu, Flávio Sereno, os dois caminhos que a UFJF poderia adotar teriam perdas significativas. Tanto permanecer sem as aulas da pós-graduação pelo resto do ano quanto adotar o ensino remoto de forma emergencial tem suas consequências no que diz respeito à qualidade, acesso, inclusão, saúde e condições de trabalho e estudo. “O Sintufejuf optou por apresentar ponderações que pudesse minimizar os impactos da opção de aulas remotas. Quase todas foram absorvidas durante a reunião do conselho superior e incorporadas na resolução. A partir dessa condição votamos favoráveis ao texto da proposta”, explica Flávio.

Segundo Sereno, foram duas as principais defesas que o sindicato apresentou no debate.  A primeira de que a criação do ERE não gerasse o aumento do trabalho presencial. “A última nota emitida pelo comitê de monitoramento da UFJF cita diversas vezes a necessidade de manutenção do isolamento social. Qualquer iniciativa da UFJF neste momento, que criasse a necessidade de aumento do trabalho presencial não vinculado ao enfrentamento direto da pandemia seria uma incoerência. A resolução aprovado no Consu contempla esse cuidado” explica.

Já a segunda defesa foi a de que a adesão ao ERE na pós-graduação fosse por adesão de todos os envolvidos. A resolução aprovada também traz isso. Os programas poderão optar por aderir ou não. Os professores também. E, para que a disciplina seja ofertada todos os estudantes matriculados a ela devem concordar com isso. “Ainda assim entendemos que os riscos de pressões de maiorias sobre minorias são relevantes e que cabe um monitoramento  da Instituição quanto a essa possibilidade” pondera.

Também foi proposto pelo SINTUFEJUF que as pós-graduações lato sensu (com exceção das residências) não fizessem parte da resolução neste momento de definições de curto prazo. Porém esta proposta não foi aprovada pelo conselho.

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