O Comando Local de Greve Sanitária (CLGS) se reuniu, na tarde de ontem, 27, com o reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Marcus Vinícius David para discutir a pauta da greve sanitária das trabalhadoras e trabalhadores técnico-administrativos em educação. Na ocasião, o CLGS questionou qual seria a posição da reitoria em relação a cada reivindicação da categoria.
Sobre o pedido de suspensão imediata do Semestre Suplementar até o cumprimento da janela de imunização de todas(os) as(os) trabalhadoras(es), a resposta foi negativa, mas houve uma sinalização da possibilidade do segundo semestre suplementar começar apenas em outubro e não em setembro como previsto. Já quanto à reivindicação de suspensão da tramitação da minuta do Ensino Híbrido, a reitoria indicou que defende que o debate aconteça agora, mas que o semestre poderia começar somente em outubro, após a janela de imunização dos trabalhadores.
De acordo com o coordenador geral do Sintufejuf, Flávio Sereno, durante a reunião, o Comando informou a reitoria de que as unidades acadêmicas não responderam o ofício do sindicato sobre o cumprimento dos pré-requisitos necessários para o ensino presencial, aprovados pelo CONSU. Diante da demora, a categoria aprovou em assembleia geral que o CLGS cobrasse as respostas através do Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão da UFJF (e-SIC), o que foi feito esta semana. Desta forma, a administração se comprometeu a responder o formulário antes do prazo legal estabelecido.
O CLGS também questionou a instituição em relação ao transporte de trabalhadoras e trabalhadores que estão em regime presencial. Embora o fornecimento esteja previsto no planejamento do Consu, não foi cumprido pela universidade. A técnico-administrava e membro do CLGS, Ana Bernadete Rocha reforçou que o transporte público Municipal atualmente é um risco a mais de contaminação para os trabalhadores. Outro ponto importante abordado na reunião foi a convocação de trabalhadores do RU, que não estava prevista no planejamento do Consu.
Entre as pautas da greve não acatadas pela administração superior está a testagem regular de todas(os) que estão em trabalho presencial e/ou semipresencial. Porém, sobre a garantia de fornecimento de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) para todas(os) que estão em trabalho presencial e/ou semipresencial, a reitoria informou que fará um levantamento para verificar a possibilidade de estender o fornecimento de EPI’s aos trabalhadores que apesar de não estarem atuando no semestre suplementar, fazem trabalho presencial ou semi presencial na UFJF.
Outra preocupação da categoria apresentada pelo CLGS na reunião, diz respeito a situação dos terceirizados. Com os cortes de recursos orçamentários de 2021, muitos foram demitidos. Desta forma, o CLGS solicitou informações sobre a possibilidade de reversão de parte dessas demissões a partir da recomposição orçamentária do Ministério da Educação. Para contornar a situação, Marcus David informou que a ANDIFES está negociando uma possibilidade de crédito suplementar, que, se se concretizar, a UFJF vai debater a aplicação destes recursos. Segundo a reitoria, além da questão das demissões, há também reivindicações de recomposição de parte das bolsas cortadas.
Com o objetivo de realizar uma negociação para suspender a greve sanitária, Marcus David garantiu que todas as questões da pauta da categoria serão respondidas por escrito para que o comando de greve possa submetê-la a assembleia geral para apreciação e deliberação.
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