CLG negocia pauta dos TAES da UFJF com reitor

31/03/2022

O Comando Local de Greve do SINTUFEJUF (CLG) se reuniu na manhã de ontem, 30, com o reitor da UFJF, Marcus David, a vice reitora, Girlene Silva, e outros membros da administração central para negociar a pauta local da categoria. A reunião presencial aconteceu no anfiteatro da reitoria.

Na ocasião, Marcus David manifestou respeito ao movimento de greve, dizendo que considerava justa a reinvidicação da pauta nacional, principalmente em relação ao reajuste salarial, uma vez que os servidores públicos federais estão com salários congelados há 5 anos.

Entretanto, quanto a pauta local, o reitor afirmou que não poderia atender, de imediato, nenhuma delas, apenas o restabelecimento total dos transportes após o final da greve.

De acordo com o coordenador geral do SINTUFEJUF, Flávio Sereno, o Comando Local de Greve insistiu na possibilidade de construção de alternativas. Porém o reitor alegou uma série de dispositivos governamentais dentro das normativas atuais que dificultam o avanço das pautas.

Para Flávio, tais dispositivos são mecanismos antigreve para reprimir a organização dos trabalhadores. Neste sentido, o CLG ponderou que os reitores devem reforçar a luta em defesa da educação pública, das universidades e institutos federais, sobretudo a livre organização dos trabalhadores, não aplicando tais mecanismos de desmobilização. “Defendemos na reunião que o movimento da comunidade acadêmica em luta coletiva, seja sindical ou estudantil, é parte importante da defesa da educação pública, e das instituições federais de ensino. O governo além de cortar recursos e fragilizar a democracia interna das instituições, nomeando reitores não eleitos em várias universidades, tenta interferir na mobilização, criando mecanismos que atacam o direito de greve.” afirma.

Deste modo, o reitor se comprometeu a dialogar internamente com a administração da UFJF para tentar construir saídas para as negociações.

Segundo Flávio “É necessário que os reitores, eleitos pelas comunidades acadêmicas, participem da defesa do serviço público não contribuindo com estas iniciativas antigreve do governo. Os dirigentes eleitos são parte importante nesta trincheira de defesa da autonomia universitária. O governo quer reitores que sejam seus representantes dentro das instituições federais de ensino. Mas ainda temos maioria que por serem eleitos, são representantes da sua comunidade acadêmica”, conclui Flávio.

A resposta definitiva será enviada pela reitoria amanhã, 31.

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