Na última terça-feira, 17 de dezembro, a consulta pública para a escolha da direção-geral do campus Governador Valadares (GV) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) resultou na vitória da Chapa 1, “Governança pela união”, que obteve 62,46% dos votos nos três segmentos eleitorais: docentes, técnicos-administrativos em educação (TAEs) e discentes. A chapa vencedora é composta pelos professores Ângelo Denadai, como diretor, e Alex Sander, como vice-diretor.
A Chapa 2, “Diálogo, Mudança e Pluriversidade”, formada pelos professores Reinaldo Duque e André Drumond, recebeu 37,54% dos votos.
A apuração dos votos foi realizada pela Comissão Eleitoral, que utilizou o Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (SIGA) para contabilizar os votos, e seguiu o processo estabelecido desde o início da eleição. A comissão eleitoral, que contou com a participação do representante dos TAEs de GV, Luiz Gonzaga Pinto, teve um papel fundamental na organização do pleito, que foi a primeira disputa de chapas para a direção-geral do campus GV.
Luiz Gonzaga avaliou positivamente a transparência e a organização do processo eleitoral. Para ele, o principal desafio foi o de coordenar um evento inusitado para o campus, mas que foi conduzido com o apoio da comunidade interna e da direção do campus. “A eleição não se tratava de disputa de poder, mas da disputa de projetos de gestão do campus”, destacou o TAE, enfatizando a postura colaborativa das chapas, que, apesar das diferenças, focaram no futuro do campus. “Partindo do entendimento adotado pela comissão, de que os maiores beneficiários do processo deveriam ser os eleitores (os trabalhadores e os alunos do campus), creio que a nossa maior contribuição foi a de garantir que as candidaturas tivessem igual direito ao exercício dos cargos pleiteados. Até porque, o regimento da UFJF não permite a todos os segmentos o direito a candidatura para os cargos em questão”, avalia.
Segundo Luiz Gonzaga, a participação da comunidade TAE foi incentivada por meio da democratização de informações e pela promoção de eventos participativos, como o debate público, que contou com a presença expressiva de representantes dos TAEs e dos docentes.
Expectativas e desafios para a nova gestão
Com o resultado das eleições, Luiz Gonzaga expressou suas expectativas para a nova gestão, especialmente em relação à integração dos TAEs nas decisões e projetos da direção-geral do campus. O representante dos TAEs acredita que as promessas feitas durante a campanha, que incluem a criação de políticas de qualidade de vida e trabalho para a categoria, devem ser cumpridas.
Ele destacou algumas das principais demandas e desafios dos TAEs que devem ser priorizados pela nova gestão, como a promoção de políticas de afastamento, remoção e qualificação, além da gestão de conflitos e assédio no ambiente de trabalho. Outros pontos importantes mencionados por Gonzaga incluem a melhoria da comunicação interna, o conforto das instalações e a efetivação de programas como o PGD (Plano de Gestão de Desenvolvimento) e o teletrabalho.
Para Luiz Gonzaga, a participação ativa da comunidade no processo de escolha da direção-geral tem uma importância fundamental: “Dar visibilidade às necessidades, expectativas e aos direitos que permeiam o contexto sócio-histórico da comunidade do campus.”
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