Ato na UFJF marca paralisação dos técnico-administrativos da UFJF e IF Sudeste MG nesta segunda (12)

12/05/2025

Categoria reforça cobrança pelo cumprimento do acordo de greve firmado com o governo federal em 2024; mobilização faz parte do Dia Nacional de Paralisação convocado pela FASUBRA.

Um ato na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), realizado às 14h desta segunda-feira (12), marcou a paralisação nacional dos técnico-administrativos em educação da UFJF e do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG). A atividade foi organizada pelo SINTUFEJUF e integrou o Dia Nacional de Paralisação convocado pela FASUBRA Sindical, em protesto pela não implementação de pontos centrais do acordo firmado com o governo federal após a greve de 113 dias realizada em 2024.

Durante o ato, faixas com os dizeres #ACELERAUFJF e “Pelo cumprimento do acordo de greve” foram exibidas como símbolos da luta da categoria, que reivindica, entre outros pontos, a aceleração da progressão por capacitação. A manifestação teve como objetivo dar visibilidade às demandas ainda pendentes de execução, justamente no mesmo dia em que o Ministério da Educação (MEC) instalou a Mesa Setorial de Negociação com representantes da categoria.

O SINTUFEJUF também dialogou com a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe) para garantir o fechamento do ponto eletrônico nos dias de paralisação, medida que, desta vez, foi acatada pela administração.

A paralisação desta segunda-feira foi aprovada em assembleia geral realizada na sexta-feira (9), com expressiva participação: mais de cem trabalhadores e trabalhadoras estiveram presentes, sendo registrados apenas um voto contrário e três abstenções. Além da paralisação de hoje, a assembleia também aprovou a suspensão das atividades nos dias 22 e 23 de maio, seguindo o calendário de 48 horas de paralisação convocado nacionalmente pela FASUBRA, além da participação na Caravana à Brasília na mesma data.

A mobilização é parte de um calendário nacional de lutas pela implementação integral do acordo de greve firmado com o governo federal, que segue com pontos importantes ainda não efetivados, entre eles:

  • Reestruturação da carreira;
  • Jornada de 30 horas semanais;
  • Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) para todos os TAEs;
  • Reposicionamento dos aposentados;
  • Condições adequadas de trabalho;
  • Regras de transição para progressão na carreira.

Na última reunião com o MEC, em 6 de maio, a FASUBRA cobrou respostas imediatas. O ministério se comprometeu a convocar a Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC) e apresentar devolutivas em breve. No entanto, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) ainda não se pronunciou oficialmente, o que tem ampliado a insatisfação da categoria.

A Plenária Nacional da FASUBRA, encerrada em 26 de abril, definiu o dia 31 de maio como prazo final para que o governo federal apresente os instrumentos necessários à efetivação dos compromissos. Caso isso não ocorra, uma nova greve nacional poderá ser deflagrada.

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