Com o objetivo de entender e analisar a percepção dos TAES da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) quanto à adoção do trabalho remoto no contexto pós-pandemia, a TAE, lotada no Instituto de Ciências Exatas, no Programa de Pós-Graduação em Química, e aluna do Mestrado Profissional em Administração Pública (PROFIAP) do campus avançado de Governador Valadares da UFJF, Mariana Marta Paschoal Ferreira da Silva, convida os TAES da instituição para responderem a um formulário, até dia 31 de dezembro deste ano, e contribuírem para sua pesquisa.
Segundo ela, o interesse em pesquisar o tema surgiu durante a pandemia da Covid-19, época em que ela, assim como grande parte dos técnicos administrativos em educação da UFJF trabalharam de forma remota. Ela argumenta que “compreender a percepção que os servidores técnico-administrativos da UFJF têm sobre o teletrabalho e a experiência por estes vivenciada com o trabalho remoto durante a pandemia pode contribuir para a identificação de aspectos críticos e oportunos da realização do teletrabalho e que mereçam um olhar mais atento da Instituição, assim como este conhecimento pode ser útil em relação a uma possível adoção do teletrabalho, seja no modo emergencial, como ocorreu com a pandemia, ou de forma regular, conforme a tendência, inclusive no serviço público, vem se mostrando”.
Além disto, a pesquisadora destaca que seu estudo pode contribuir na regulamentação do Programa de Gestão e Desempenho (PGD), por contar com a percepção dos atores centrais nessa discussão, os TAES. “É importante que a produção de pesquisas com foco nos trabalhadores caminhe junto com a prática sindical, pois seus objetivos convergem no sentido de que os sindicatos, enquanto organizações de representação dos interesses dos trabalhadores, têm como objetivo as melhorias nas condições de trabalho em seus diversos aspectos, assim como as pesquisas científicas com abordagens mais críticas quanto às relações de trabalho, uma vez que buscam não apenas a solução de problemas e melhorias de processo, mas condições de trabalho mais favoráveis aos trabalhadores. Há sim uma ótima sinergia possível entre pesquisas que investigam temas que possam ajudar a solucionar ou melhorar processos e formas de trabalho e os interesses do sindicato no seu trabalho em defesa da categoria que representa”, pontua a pesquisadora.
Para o coordenador do SINTUFEJUF, Flávio Sereno, “a pesquisa, além de importante, é oportuna. Exatamente no mês de dezembro, em sua reunião ordinária, o Conselho Superior está debatendo os elementos reunidos pela comissão que o próprio Conselho instituiu este ano para organizar a regulamentação do PGD. Este possibilitará a adoção de regimes de teletrabalho, seja de forma integral, seja de forma parcial, dentro da nossa instituição. Esse estudo está diretamente relacionado às nossas discussões e, nesse sentido, o sindicato entende que pesquisas acadêmicas na área, que vão aprofundar o estudo do tema, contribuem na implementação da normativa que o Conselho aprovar. Com seu estudo, acerca da percepção dos TAES, será possível trazer contribuições para a regulamentação, execução e avaliação do que for efetivado a partir destes debates que o Conselho Superior está avançando na reunião deste mês.”
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