O Comando Local de Greve (CLG) do SINTUFEJUF se reuniu na noite de ontem, 26, com o reitor do IF Sudeste MG e com a direção do Campus Juiz de Fora para receber as respostas das pautas locais da categoria. O debate da pauta aconteceu ao longo de 4 reuniões presenciais com o reitor desde a deflagração da greve e uma virtual específica com a direção do campus, que também chegou a participar de duas das reuniões em conjunto com a reitoria.
Para o representante dos TAEs do instituto no SINTUFEJUF, Sandro Teófilo, as reuniões foram bastante produtivas. “Avalio como positivas, pois as pautas foram solucionadas ou receberam prazo para resolução”, afirma, Sandro.
O coordenador geral do SINTUFEJUF Flávio Sereno destaca avanços na negociação do IF SUDESTE MG com relação á regulamentação do teletrabalho e nos novos planos de flexibilização da jornada de trabalho. “Esses dois pontos que constam na pauta local estão com encaminhamentos avançados”, avalia, Flávio
Já na UFJF, a última reunião aconteceu no dia 20. Na ocasião, parte do CLG foi recebida no gabinete do reitor, enquanto outra parte aguardou em vigília na sala de espera. Esta foi a terceira reunião com a reitoria da UFJF desde a deflagração da greve.
De acordo com Flávio, a pauta obteve algumas respostas importantes, como a reativação dos debates da comissão para regulamentar a abertura das reuniões do Conselho Superior, para que possam ser transmitidas, além do acordo para a criação de um espaço institucional para debater o assédio moral na UFJF. Segundo ele, embora ainda não esteja definido o formato, existe um consenso entre o CLG e a reitoria quanto a necessidade de realizar este debate envolvendo todos os atores pertinentes ao tema, como ouvidoria geral e especializada, a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe) por meio da Coordenação de Saúde, Segurança e Bem-estar (Cossbe), Gerência de Saúde do Trabalhador, o SINTUFEJUF e a Administração Superior da UFJF. “É um tema de muita relevância e que interfere na saúde dos trabalhadores, no cotidiano do trabalho do técnico-administrativo em educação e demais segmentos”, explica o coordenador.
Em relação ao Hospital Universitário, a coordenadora geral do SINTUFEJUF, Maria Angela Costa ressalta que a maior conquista da greve foi a unidade da categoria. “Desde que entrei na UFJF em 1993, nunca tinha visto um movimento tão caloroso e participativo”, afirma. Segundo ela, foi possível articular para que todas as trabalhadoras e trabalhadores participassem do movimento de luta, realizando escalas, triagens e suspendendo os atendimentos eletivos. Para Maria Angela essa participação é muito importante uma vez que os hospitais universitários envolvem o tripé do ensino, pesquisa e extensão, sendo responsáveis não apenas pela formação do aluno, mas também por oferecer um atendimento humanizado a toda a população em geral, que necessita deste serviço público, gratuito e de qualidade. “As pessoas precisam ser atendidas, o HU é responsável pela cura, atendimento, acolhimento à saúde física e mental. Quando saímos em greve, defendemos algo maior que a reposição salarial, que é o reconhecimento de nosso trabalho”, explica.
Conforme a coordenadora, apesar de existir o movimento de alguns setores para enfraquecer a greve, a participação massiva da categoria lotada no HU no Comando Local de Greve contribuiu para avanços importantes na pauta, para reivindicar melhorias no local de trabalho e respeito aos trabalhadores e usuários. “A maior parte da pauta local de greve do HU foi conquistada, o que ainda não foi está em andamento. As pessoas envolvidas estão dialogando”, afirma. Maria Angela lembra ainda que a maior parte do CLG está sendo composta por trabalhadores do HU, e que a reunião de instalação do CLG ultrapassou em números de participantes a assembleia de deflagração da greve, o que mostra a força e mobilização da categoria.
As respostas tanto da UFJF quanto do IF Sudeste MG foram discutidas pelo CLG e serão apresentadas para apreciação da categoria em assembleia geral virtual amanhã, 28, a partir das 18h.
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