Neste sábado, 1º de agosto, às 17h acontece o primeiro debate do Seminário da Classe Trabalhadora, com o tema “Conjuntura nacional e local – luta e mobilização em tempos de pandemia”. Idealizado pelo coletivo 8M, o evento conta com a colaboração do Sintufejuf entre outras entidades representativas, organizações coletivas e sindicatos. De acordo com a coordenadora do Sintufejuf Natália Paganini, entendendo a importância da iniciativa, o sindicato se juntou à organização/construção do Seminário. O debate será exibido no Canal do You Tube do 8M
O objetivo é criar um espaço para diálogo e debate sobre a situação dos trabalhadores e das trabalhadoras em Juiz de Fora, e a partir daí pensar saídas e estratégias de organização coletivas, na luta por direitos e manutenção de conquistas. Desta forma, o Seminário pretende reunir a classe trabalhadora para construir um plano de ação em conjunto, criando uma rede de solidariedade e exigindo medidas urgentes de combate à pandemia e assistência em tempos de crise.
O primeiro debate conta com a participação da líder sindical em São Paulo Vera Lúcia (PSTU); a professora da rede Municipal de Juiz de Fora, vinculada ao coletivo Cabeça de Nêga, Giovana Castro; o pesquisador, historiador, sociólogo, político e professor universitário brasileiro, Mauro Iasi (PCB); e o professor e historiador, colunista do jornal Brasil de Fato, Valério Arcary (PSOL).
Segundo Natália, todos os nomes que fazem parte das mesas são indicações dos membros das diversas entidades/partidos/coletivos que integram a comissão organizadora do seminário. Essas sugestões são debatidas coletivamente, sempre com a preocupação de garantir a diversidade de posicionamentos, de gênero, raça, idade, sexualidade, entre outros, e de serem pessoas com histórico de luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora.
Natália explica que o evento surgiu como uma alternativa de resistência e organização das trabalhadoras e trabalhadores no contexto de crise mundial do capital e da pandemia, que a agravou. Para ela, no Brasil, é necessário intensificar a luta contra a recessão econômica, acompanhada por altas taxas de desemprego e trabalho informal e, por consequência, pelo empobrecimento da classe trabalhadora. Somado a isso, Natália destaca que o país é administrado por um governo anti-popular com características fascistas que empreende contra-reformas e que se nega a salvar vidas, refutando a ciência, ignorando a importância do distanciamento e do isolamento social, economizando recursos para a área da saúde e assistência social e beneficiando os setores do grande capital. “Trata-se de continuar a estratégia de salvaguardar a economia em prol de empresários e banqueiros às custas das vidas perdidas de quase 100 mil cidadãs e cidadãos brasileiras/os”, opina.
Deste modo, a atividade almeja também firmar uma rede de solidariedade. “Precisamos, em primeiro lugar, nos manter vivas e vivos para os enfrentamentos e para apoiar aquelas trabalhadoras e aqueles trabalhadores em situação de maior vulnerabilidade. Coletivamente dialogaremos e apresentaremos propostas e planos de ações para as lutas necessárias e exigiremos do Estado a garantia de nossos direitos e a retomada dos que nos foram retirados” explica Natália.
O Seminário conta com quatorze encontros semanais entre 1º de agosto e 31 de outubro, que ocorrerão, em sua maioria, aos sábados às 17h, sendo que alguns acontecerão em outros dias da semana. A duração poderá ser ampliada.
Os temas definidos até o momento são:
I- Conjuntura (a nível nacional e local)
II – Organização popular e possibilidades de ruptura em meio à conjuntura
III – Movimentos sociais
IV – Movimento sindical
V – Luta contra as Opressões
VI – Saúde
VII – Educação
VIII – Mandatos coletivos
IX – Comunicação e Fake News
X- Periferia, comitês populares e movimentos de bairro
XI – Trabalho Informal
XII – Eleições Municipais
XIII – Cultura
XIV – Segurança Alimentar
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