Trabalhadoras e trabalhadores técnico-administrativos em educação (TAEs) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – IF Sudeste MG (campus Juiz de Fora e Reitoria) reunidos em assembleia ontem, 17 de maio, no saguão da Reitoria do IF, aprovaram por unanimidade a manutenção e o fortalecimento da greve da categoria. O movimento já dura mais de 20 dias e tem como pauta a flexibilização da jornada de trabalho, mecanismos de transparência do Instituto e de representação da categoria. Além disso, foram eleitos representantes para as comissões de assessoramento local da flexibilização das duas unidades.
A assembleia teve início com o relato sobre a reunião que aconteceu no dia 16, com a participação do Sintufejuf, dos representantes dos TAEs do campus e da Reitoria, além da presença do reitor Charles Okama, pró-reitores e diretor do campus Juiz de Fora. O objetivo era negociar as pautas da greve, no entanto, segundo relatos, a reunião foi inconclusiva.
De acordo com o coordenador do Sintufejuf, Flávio Sereno, a Reitoria demonstrou pouca disposição em negociar pautas simples que versam sobre transparência e democracia. “Não temos pauta econômica neste movimento. O que TAEs reivindicam é transparência nas decisões da administração da instituição e, principalmente, a presença de nossa representação em todos os espaços colegiados do IF.”
Dois acontecimentos preocuparam os presentes na reunião. A reação intempestiva do diretor do campus que, após exaltar o tom de voz e desrespeitar o sindicato, abandonou a reunião sem dar direito de resposta aos representantes da categoria e a postura do reitor que afirmou que não sabia se poderia assinar ou não um acordo de greve.
Sobre a representação do Sintufejuf nos órgãos colegiados superiores, uma das pautas apresentadas, a resposta do reitor foi de que a decisão depende da comissão que está avaliando o estatuto e regimento interno. O reitor Charles Okama afirmou ser contrário a entrada da cadeira para o Sintufejuf no CONSU e que a comissão já avaliou a negativa como decisão. No entanto o presidente da comissão, Pro reitor Aloísio, se comprometeu em questionar a comissão sobre a possibilidade de retomar a discussão, em nova reunião que acontece no dia 29.
Na reunião também houve diversas tentativas de deslegitimar o movimento, e dividir os trabalhadores. Porém, o representante dos TAEs Sandro Vieira ressaltou a união entre trabalhadores lotados no campus e na reitoria. “É só junto e organizado que a gente caminha” destaca.
A reivindicação da transmissão ficou de ser levada ao ao colégio de dirigentes. Desta vez, Charles Okama se posicionou a favor. Para a categoria, esta é uma pauta muito importante para promover a transparência o que já acontece em outras instituições. Carla Farias, também representante, ressaltou a estratégia de baixar a auto estima e união da categoria, por parte da reitoria, e ressaltou que os TAEs não devem se contentar com migalhas.
A coordenadora do Sintufejuf Maria Angela Costa afirmou que durante a reunião, a reitoria tentou subestimar a inteligência e organização da categoria, mas não conseguiu.
Ao final da assembleia, além do prosseguimento da greve, foram aprovados os seguintes encaminhamentos:
A assembleia também escolheu os seguintes representantes para as comissões de acompanhamento da flexibilização:
CAMPUS
Titulares:
Ruth Maria dos Santos Ferreira
Bruno Ferreira da Costa
Welson de Avelar Soares Filho
Suplentes:
Raquel Loth Carvalho
Daniele Fabre Ribeiro
Gabriela Santos Leite
REITORIA
Titulares:
Pedro de Freitas Damasceno da Rocha
Thiago Vidal de Campos
Sandro Vieira Teófilo
Suplentes:
Paulo Alves dos Santos Filho
Fábio Cristiano de Paula
Janicrélia da Fonseca
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