Como parte das atividades da paralisação nacional de 48 horas convocada pela FASUBRA, o SINTUFEJUF realizou, na terça-feira, 29 de julho, às 9h, um Seminário sobre Dimensionamento da força de trabalho técnico-administrativa em educação. A atividade ocorreu na sede administrativa do sindicato, com transmissão online pela plataforma Google Meet.
O evento aprofunda os debates iniciados na assembleia geral da categoria, realizada em 8 de julho, quando foram aprovadas a paralisação dos dias 15, 16, 29 e 30 de julho, além da realização do seminário. O objetivo foi promover uma reflexão crítica sobre a proposta de implementação do dimensionamento apresentada pela gestão da UFJF, baseada no Sistema de Dimensionamento de Pessoal (SISDIP), lançado em 2022 pelo governo Bolsonaro.
O convidado para conduzir o debate foi Hilbert David, servidor da UFMG desde 1990, lotado na Comissão Interna de Supervisão do PCCTAE. Hilbert é bacharel em Ciências Sociais e mestre em Ciência Política pela UFPel, com vasta experiência na administração pública e em representações sindicais, tendo atuado como diretor da Fasubra, da CUT e do SINDIFES.
Durante o seminário, Hilbert fez uma análise histórica da formação da categoria técnico-administrativa em educação, abordando os desafios atuais enfrentados, como a precarização, a presença da EBSERH nos hospitais universitários, o avanço da terceirização e os impactos do Programa de Gestão e Desempenho (PGD). Segundo ele, a implementação do SISDIP representa um modelo produtivista que desconsidera a complexidade das funções exercidas pelos técnicos e ameaça a autonomia universitária.
Durante o seminário, os participantes também se posicionaram de forma crítica, destacando que o dimensionamento imposto por portarias do governo federal busca quantificar tarefas com base em tempo de execução, ignorando a qualidade do serviço público e abrindo espaço para a terceirização. A categoria alertou para o risco de exclusão de cargos e desestruturação da carreira técnico-administrativa, especialmente diante do avanço de formas de contratação precárias e do uso intensivo de tecnologias que alteram a natureza do trabalho.
Na ocasião, Hilbert defendeu que o sindicato deve seguir articulando ações para enfrentar os retrocessos impostos pela lógica gerencial, propondo medidas que garantam a valorização da carreira, a defesa do campo profissional da categoria e a construção coletiva de soluções frente aos desafios colocados pelo SISDIP e pelo PGD.
O Seminário foi gravado e está disponível no canal do Sintufejuf no youtube:
Categoria é convocada a votar no Plebiscito Popular 2025 nesta quarta, 30
Também como parte da paralisação de 48 horas, o SINTUFEJUF convocou todas e todos os técnico-administrativos em educação da UFJF e do IF Sudeste MG que ainda não participaram do Plebiscito Popular 2025 a comparecerem à sede do sindicato (Rua Santo Antônio, 309 – Centro), nesta quarta-feira, 30 de julho, para registrar seu voto na urna disponível.
A iniciativa é uma construção nacional que reúne movimentos sociais, centrais sindicais, entidades religiosas, juventudes, artistas e partidos progressistas, com o objetivo de ouvir a população brasileira sobre temas estruturais e urgentes. O plebiscito busca mobilizar a sociedade para pressionar o Congresso Nacional em defesa dos direitos da classe trabalhadora.
Entre os principais temas está a rejeição à proposta de jornada 6×1, considerada um retrocesso que ataca conquistas históricas dos trabalhadores. A campanha defende a manutenção da jornada 5×2 e a implementação de políticas públicas que assegurem saúde, tempo livre e qualidade de vida, com atenção especial às mulheres, que acumulam jornadas domésticas e de cuidado.
Outro eixo central da mobilização é a defesa da taxação dos super-ricos como medida fundamental para combater a desigualdade social. Por meio da votação popular e coleta de assinaturas, o Plebiscito Popular 2025 se consolida como uma ferramenta legítima de participação democrática e engajamento político da classe trabalhadora brasileira.
