Na terça-feira, 11 de março, os trabalhadores técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e IF Sudeste MG aderiram à paralisação nacional convocada pela FASUBRA, como parte de uma mobilização essencial para pressionar o governo federal pelo cumprimento do acordo de greve e pela aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA). A paralisação, que teve apoio de diversas categorias em todo o país, visa garantir o reajuste salarial e outras conquistas da categoria, além de lutar contra a Medida Provisória 1286/2024, que ameaça a estabilidade dos servidores públicos.
Na data, o SINTUFEJUF realizou uma Assembleia Geral Presencial no Auditório 2 do Centro de Ciências (campus UFJF), às 9h, para debater os rumos da mobilização e a situação do cumprimento do acordo de greve, tanto nacional quanto local. Servidores do campus avançado de Governador Valadares participaram remotamente, por meio da plataforma Meet. A adesão à paralisação foi decidida em Assembleia Geral realizada no dia 20 de fevereiro, com apenas um voto contrário.
O motivo da mobilização é a demora na tramitação da LOA, sem a qual o reajuste salarial dos servidores e outras melhorias para a categoria seguem incertos. A paralisação também denuncia a Medida Provisória 1286/2024, que impõe uma minirreforma administrativa prejudicial aos servidores públicos.
Rosângela Márcia Frizzero, coordenadora geral do SINTUFEJUF e coordenadora da FASUBRA, ressaltou a importância de continuar a mobilização para garantir que os compromissos assumidos durante a greve sejam cumpridos e que os recursos necessários para os servidores sejam priorizados. “A paralisação é uma forma de pressionar o governo a dar a devida atenção às nossas demandas, que são justas e essenciais para a categoria”, afirmou Rosângela.
Discussões da Assembleia e Mobilizações Locais
Durante a Assembleia, os trabalhadores também discutiram questões locais, como a recente alteração na Resolução nº 51/2016 do Conselho Superior da UFJF (Consu), que modificou o Programa de Apoio à Qualificação (Proquali). A mudança retira a possibilidade de concessão de bolsas para servidores que desejam realizar cursos de pós-graduação exclusivamente em instituições estrangeiras. A medida foi justificada pela necessidade de regulamentação da revalidação de diplomas de universidades estrangeiras, mas foi amplamente criticada pela categoria, que argumentou que muitos cursos de qualidade não estão disponíveis no Brasil. Para os servidores, as bolsas do Proquali são essenciais para a qualificação acadêmica e profissional.
A Assembleia também abordou o andamento dos acordos de greve e a insatisfação da categoria com o não cumprimento de algumas pendências. A mobilização continuou sendo uma forma de pressão para resolver essas questões ainda não atendidas.
Ato pelo Mês Internacional das Mulheres
Ao final da Assembleia, o SINTUFEJUF reforçou o convite para que os trabalhadores participassem de um ato em celebração ao mês internacional das mulheres, programado para as 17h na Praça da Estação. A participação na atividade segue a convocação de mobilização nacional da Fasubra para a data. O evento uniu a luta feminista com a pauta da categoria, em defesa do cumprimento do acordo de greve e pela aprovação da LOA. A coordenadora geral Rosângela Márcia Frizzero, junto às coordenadoras Maria Aparecida Werneck (Finanças), Jurani Soares (Educação e Formação Sindical) e Nilza Lino (Aposentados), esteve presente, demonstrando a união entre as diferentes causas sociais e o fortalecimento da mobilização da categoria.
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