No dia 11 de novembro de 2024, das 8h às 22h, o Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF) realizará uma consulta pública para escolher o chefe e responsável técnico da Divisão de Enfermagem. A eleição, que reforça o compromisso com uma gestão democrática, será conduzida pela plataforma SIGA3 e terá a participação de docentes da Faculdade de Enfermagem, auxiliares, trabalhadores técnico-administrativos em educação e enfermeiros da UFJF, além de profissionais da EBSERH, alunos a partir do segundo período de Enfermagem e residentes dos programas vinculados à COREMU/HU-UFJF.
A comissão eleitoral, que organiza e monitora o processo, publicou nota oficial homologando as candidaturas dos enfermeiros Ethelanny Pantaleão Leite Almeida (Chapa 1), Edma Nogueira da Silva (Chapa 2), Thales Silva Corrêa (Chapa 3) e Maria Lúcia Morcef Bouzada (Chapa 4), após análise documental e sorteio público para definição das chapas. Com esse formato, a votação democrática garante a ampla representatividade entre os votantes, reforçando a importância da escolha autônoma pela comunidade acadêmica e hospitalar.
Andrea Ramos, coordenadora de saúde do SINTUFEJUF, destacou o empenho para assegurar que a escolha fosse democrática, em vez da seleção por análise curricular e entrevista, como inicialmente proposto pela EBSERH. Segundo Andrea, foi uma conquista difícil e fruto de intensas negociações do sindicato, do Grupo de Trabalho do HU (GT HU), o superintendente do HU-UFJF, Dimas Augusto Carvalho de Araújo e da própria reitora da UFJF, Girlene Alves, que contribuíram para garantir que a consulta pública fosse respeitada conforme a Resolução do Conselho Superior (Consu) da universidade.
De acordo com Andrea, o SINTUFEJUF e o GT HU/UFJF reuniram-se com o superintendente do HU-UFJF, Dimas Augusto Carvalho de Araújo, para ressaltar a importância de manter a democracia no hospital, promovendo uma enfermagem coesa, focada no cuidado como paciente, com os alunos, com a realidade específica do hospital, bem como o caráter de ensino, pesquisa e extensão. “Fizemos essa abordagem, e ele foi muito receptivo para junto à reitora viabilizarem a realização da consulta que estava parada. Ele está intermediando o processo e também a segunda etapa, que será uma consulta aberta pela EBSERH, mas comprometeu-se, segundo a comissão eleitoral, em respeitar a escolha da comunidade”, explicou Andrea.
“Esse processo é fundamental para assegurar a autonomia universitária e a escolha democrática dos responsáveis pela enfermagem no HU. Quando a EBSERH tentou modificar a forma de escolha, buscamos o apoio da reitoria e do GT HU para manter a resolução do Consu e garantir que a comunidade tivesse o direito de escolher seus representantes na enfermagem”, declarou Andrea.
Andrea destacou ainda que a participação da comunidade em 2019 na eleição de Paula Gazola, anterior chefe da Divisão de Enfermagem, foi fundamental para estabelecer a consulta pública como mecanismo de escolha para esse cargo. Porém, ao término de seu mandato, houve uma tentativa da EBSERH de modificar o processo. Após diálogos e esforços conjuntos do SINTUFEJUF, do GT HU e com empenho da reitoria, a decisão foi revertida, assegurando a continuidade da consulta pública.
Maristela Campos e Souza, técnica-administrativa em educação da UFJF e representante do SINTUFEJUF na comissão eleitoral, reforçou a relevância do processo democrático para a administração dos serviços de enfermagem. “A importância da escolha do chefe da Divisão de Enfermagem vai além da ocupação de um cargo administrativo. Esta posição é fundamental para assegurar a qualidade e a eficiência dos serviços de enfermagem, influenciando diretamente a gestão das unidades assistenciais e o bem-estar da comunidade atendida. O caráter democrático do processo, que permite a participação ampla e igualitária dos envolvidos, reflete o compromisso da UFJF em manter uma gestão transparente e participativa.”, afirma.
A eleição conta ainda com uma fase de debates entre os candidatos, promovendo transparência e favorecendo a análise das propostas pelos eleitores. No primeiro turno, quatro debates foram realizados “permitindo uma análise criteriosa dos planos apresentados pelos candidatos”, avalia Maristela. Caso ocorra um segundo turno, marcado para o dia 25 de novembro de 2024, mais dois debates permitirão o aprofundamento das discussões.
Andrea Ramos também ressaltou o papel do GT HU, criado pela Portaria PROGEPE/UFJF nº 203, de outubro de 2024, como uma conquista sindical em defesa dos interesses dos profissionais do hospital. “O GT HU é um espaço que garante a participação efetiva dos trabalhadores nas decisões que afetam seu cotidiano. A consulta pública é mais um passo para fortalecer essa autonomia”, afirmou Andrea.
“A comunidade acadêmica e hospitalar é incentivada a participar ativamente deste processo, que reforça a importância da representatividade e do direito ao voto como pilares de uma gestão voltada para o bem comum”, enfatiza Maristela.
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