Nesta quinta-feira, 27 de junho, os trabalhadores técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), campus Juiz de Fora e Governador Valadares, e do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF SUDESTE MG), campus Juiz de Fora, Reitoria e Santos Dumont, se reuniram em assembleia geral permanente e deliberaram por encaminhar ao Comando Nacional de Greve (CNG) da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) não assinar a minuta do termo de acordo de greve proposto pelo governo federal na data de hoje, 27. A assembleia teve início na tarde de ontem, 26, entretanto, como até aquele momento não havia nenhum documento oficial a ser apreciado, a categoria deliberou por manter o estado de permanência e retomar as discussões na manhã de hoje.
Segundo o coordenador geral do SINTUFEJUF, Flávio Sereno, na última rodada de Assembleias, a categoria representada pelo sindicato havia deliberado pela manutenção da greve para reivindicar que o governo formalizasse todas as propostas apresentadas em negociação nas mesas para a categoria em greve. Além disso, os TAEs buscavam ainda, em greve, melhorar a proposta do governo, uma vez que o que estava colocado ainda não contemplava as questões de recomposição salarial e de reestruturação de carreira da forma como era pleiteada. “Pois bem, o governo só formalizou essa proposta na manhã de hoje. O documento oficial da Minuta de Acordo só chegou hoje às 10 horas da manhã para analisar essa formalização a fim de que a melhor decisão possa ser tomada. E isso reflete na decisão de solicitar ao Comando Nacional que não assine hoje esse acordo e que solicite ao governo prazo até semana que vem para essa análise. E ainda, que e o Comando Nacional indique um novo prazo de rodada de assembleias para que essa análise possa ser feita com tranquilidade e a melhor decisão possa ser tomada”, explica o coordenador..
Conforme a decisão da categoria, o CNG da Fasubra precisa garantir que as questões democráticas relacionadas a esta decisão sejam respeitadas. Deste modo, durante a assembleia, foi decidido encaminhar pela negativa da assinatura do termo neste momento, não rejeitando o conteúdo do documento, mas sim reivindicando tempo suficiente para sua análise adequada.
A coordenadora geral do SINTUFEJUF, Maria Angela Costa, expressou sua angústia quanto à forma como o processo foi conduzido: “As bases estão sendo atropeladas. Portanto, a decisão do Comando Local de Greve (CLG) foi acertada em solicitar mais tempo para discutir o termo de acordo.” Dessa forma, para ela, é necessário um processo mais democrático e transparente, garantindo que todas as decisões sejam tomadas com a devida participação e análise da categoria. Portanto, a solicitação de um novo prazo visa corrigir o processo de encerramento da greve, que, segundo os trabalhadores, está sendo conduzido de forma desrespeitosa, podendo acarretar em prejuízo para a categoria nos próximos anos.
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