Na manhã desta sexta-feira, dia 24, Maria Angela Costa, coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFJF (SINTUFEJUF) e representante do Comando Nacional de Greve (CNG) e Flávio Sereno, também coordenador geral do SINTUFEJUF, representante do CNG e da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), participaram de uma reunião convocada pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE). O encontro ocorreu na sede do ANDES e teve como objetivo articular as ações da greve na educação federal.
Além da Fasubra e do SINASEFE, a reunião contou com a presença também do Andes e de representantes do movimento estudantil, incluindo a União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (FENET), com o intuito de contribuir para a mobilização e construção de um calendário de lutas.
Na ocasião, Maria Angela Costa destacou a questão do orçamento do governo e a necessidade de chamar a atenção para as prioridades estabelecidas, enfatizando que há recursos disponíveis, mas é necessário questionar a alocação desses recursos entre diferentes categorias. Ela ressaltou a insatisfação com o reajuste zero proposto pelo governo e o fechamento de acordos com outras categorias, como as carreiras policiais que obtiveram reestruturações significativas, em detrimento da educação federal. Ela ressaltou a importância de mostrar à população e aos estudantes a relevância da luta em defesa da universidade pública, destacando o papel essencial dos hospitais universitários na formação dos futuros trabalhadores e na prestação de serviços à população. “O que está acontecendo com a precarização da educação da universidade como um todo, já vem acontecendo há muito mais tempo nos hospitais universitários”, lamenta.
Durante a reunião, Flávio Sereno expressou sua preocupação com as políticas do governo, destacando a persistência na terceirização e a falta de sensibilidade em relação ao problema da evasão de trabalhadores nas instituições federais de ensino. Ele ressaltou que a evasão não é apenas uma questão dos estudantes, mas também dos técnicos administrativos, afetando diretamente as universidades e institutos federais.
O coordenador do Sintufejuf enfatizou que a união entre as entidades e os esforços conjuntos são essenciais para reivindicar e avançar nas negociações durante a greve. Flávio também mencionou algumas atividades propostas pelo Comando Nacional de Greve, como a elaboração de um calendário unificado, a realização de atos no dia 1º de maio e uma caravana na segunda quinzena do mês. Além disso, foi aprovada a construção de uma carta aberta da educação federal, manifestando posição contrária à política econômica do governo.
“Estamos na disposição de organizar essas atividades e de construir esse calendário unificado, para que possamos reivindicar junto e avançar nas negociações durante essa greve, que está se mostrando bastante difícil, com endurecimento muito grande por parte do governo”, afirmou Flávio Sereno.
Segundo Flávio, a avaliação do Comando Nacional de Greve é pela continuidade da greve por tempo indeterminado, e as orientações propostas serão apreciadas pelas Assembleias de Bases.
Maria Angela concluiu ressaltando a importância de mobilização e união, chamando para grandes atos no dia 1º de maio e incentivando a construção de um comando unificado para fortalecer a greve, recordando o histórico de mobilizações bem-sucedidas no passado. “Que a gente faça um grande ato no dia primeiro, dia do trabalhador ocupar as ruas para fortalecer nossa greve”, convoca.
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