Representantes do SINTUFEJUF, Marcélia Guimarães e  Ivan Bilheiro, participam de terceira reunião do GT Carreira Nacional

03/08/2023

Na tarde de ontem, 02, o Grupo de Trabalho (GT) sobre Carreira da Fasubra realizou sua terceira reunião. O encontro, que contou com a presença de representantes de diversas entidades, teve como foco a continuidade da apresentação de propostas vindas da categoria. Representando o Sintufejuf, participaram a coordenadora do sindicato Marcélia Guimarães e o técnico-administrativo em educação da UFJF, Ivan Bilheiro

Recentemente, as trabalhadoras e trabalhadores técnico-administrativos em educação da UFJF e IF Sudeste MG construíram um documento com as propostas e diretrizes para a reestruturação do Plano de Carreira (PCCTAE). Este documento reuniu um estudo prévio das teses do CONFASUBRA e de posicionamentos do SINASEFE, FORGEPE, entre outros elementos apresentados pela categoria de servidores públicos. Deste modo, a reunião do Grupo de Trabalho busca debater as propostas apresentadas pelo SINTUFEJUF juntamente com as de outras entidades filiadas à Fasubra para a elaboração de um relatório unificado que subsidiará o debate sobre Carreira na Comissão Nacional de Supervisão da Carreira.

Segundo Ivan Bilheiro, técnico-administrativo da UFJF e representante do SINTUFEJUF no GT, durante a reunião foram discutidas e esclarecidas algumas propostas, as quais serão compiladas, identificando convergências e discordâncias que serão objeto de debate na próxima reunião do GT, que acontecerá no dia 9.

Após a apresentação do compilado das ideias na próxima semana, será aberto um prazo para que as bases possam discuti-las e se manifestar. O objetivo é chegar a um consenso e fechar um texto único da Fasubra até o final do mês de agosto.

Bilheiro ressaltou que o debate está avançado e que a discussão das divergências é fundamental para a construção de um texto sólido. Em alguns casos, as bases já defendem posicionamentos que são considerados mais adequados, enquanto em outros há acordos que contribuem para a formação de um consenso. “A grande questão é justamente essa. Depois de apresentadas as diversas ideias, esperar esse compilado para a gente debater especialmente os dissensos, as diferenças de propostas. Porque há casos em que o que nós estamos defendendo na base local é melhor, então vale a pena a gente acentuar essa defesa no GT nacional. Há casos em que as propostas de outras bases estão melhores, há casos em que há convergências”, explica. 

Para Marcélia, existem dois pontos muito valorizados pelos representantes no GT de Carreira Nacional e que estão presentes nas propostas dos GTs locais apresentadas. O primeiro, segundo ela, refere-se ao aumento da remuneração no início da carreira e, o segundo, ao desenvolvimentos dos TAEs nessa carreira.

Marcelia destaca que as ideias e intervenções discutidas durante a reunião visam garantir um ganho maior no início da carreira, para que haja uma média de remuneração mais elevada na aposentadoria, principalmente para aqueles que fizeram contribuições ao INSS fora da universidade. Além disso, a maior remuneração inicial pode atrair interessados em concursos públicos e incentivar a poupança para a aposentadoria.

Outro ponto abordado é a valorização da carreira e do percurso profissional, com propostas como incentivos para capacitação permanente e continuada, incluindo uma gratificação anual para cada capacitação realizada. A questão do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) dos TAEs também é mencionada, que reconhece atividades além das atribuições básicas do cargo, como participação em conselhos e comissões, organização de eventos, orientação de alunos, atuação na gestão institucional e participação em projetos.

As propostas destacam ainda a importância da valorização da educação formal, o que resulta no Incentivo à Qualificação (IQ) e uma melhor atuação dos técnicos-administrativos. “ Inclusive há relatos de universidades que têm seu próprio programa de qualificação e que parecem ser muito interessantes para os TAEs da UFJF”, opina a coordenadora. Outra sugestão, relacionada ao TAE que fez concurso para outro cargo, visa garantir que o seu desenvolvimento na carreira seja levado em consideração na sua inserção no novo cargo. 

“Todas essas ideias contribuem tanto para atrair os novos TAEs como para diminuir a rotatividade entre eles. Elas também estão de acordo com a premissa de que a carreira é para todos. Nenhum cargo ou trabalhador deve ser excluído e todos devem se aproveitar dela tanto nas questões financeiras como naquelas que dizem respeito ao crescimento pessoal e profissional”, avalia Marcélia.

Com uma construção bem esclarecida e dialogada junto às bases, a expectativa é de que até o final do mês seja possível avançar significativamente na definição da proposta da Fasubra.

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