Na última segunda-feira, 19 de fevereiro, a assembleia geral das trabalhadoras e trabalhadores técnico-administrativos em educação da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) e do IF Sudeste MG (Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais), que abrange unidades em Juiz de Fora, Santos Dumont e a reitoria, aprovou a adesão ao Dia Nacional de Paralisação da Educação Federal, marcado para 22 de fevereiro de 2024.
Esta assembleia foi a primeira a contar com a participação da categoria do IF Sudeste MG em Santos Dumont, que recentemente passou a ser representada pelo SINTUFEJUF.
Com uma votação expressiva de 98,8% dos votos favoráveis, a assembleia respaldou a participação no movimento convocado pela Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil), sob o mote “Se não reestruturar, a educação vai parar!”. Os atos estão programados para ocorrer em Brasília (DF) e em diversos estados, priorizando as reitorias e a mobilização nas redes sociais.
A data escolhida, 22 de fevereiro, coincide com a reunião da 3ª Mesa Específica e Temporária, o que, segundo a Fasubra, torna-a central para intensificar as ações e pressionar o governo federal a responder às demandas da categoria. A federação orienta que os trabalhadores da Educação Federal organizem paralisações, atividades públicas, assembleias e panfletagens em todo o país para fortalecer a luta por valorização de carreira, salários e equiparação de benefícios.
Durante a assembleia, o coordenador geral do SINTUFEJUF, Flávio Sereno, destacou as ações já realizadas pelo sindicato em conjunto com a Fasubra, como a entrega de documentos solicitando apoio dos reitores da UFJF e do IF Sudeste MG, Marcus David e André Diniz, respectivamente, à reestruturação da carreira dos TAEs. Além disso, foram entregues documentos à deputada federal Ana Pimentel (PT) em Juiz de Fora e ao deputado Leonardo Monteiro (PT), em Governador Valadares. Com a deputada federal Ione Barbosa (Avante), o encontro está marcado para sexta-feira, 23.
Flávio Sereno ressaltou a insatisfação da categoria não apenas com o reajuste zero proposto pelo governo, mas também com o fechamento de acordos com outras categorias, como as carreiras policiais, que obtiveram reestruturações significativas, em detrimento do avanço nas negociações com a educação federal. Ele enfatizou a importância de o governo manter os compromissos assumidos na plataforma Brasil Participativo, na qual a reestruturação do PCCTAE (Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação) foi a mais votada na área da educação e a terceira mais votada no geral em todo o país.
A coordenadora geral do SINTUFEJUF, Maria Angela Costa, destacou a importância da participação da categoria para a visibilidade do movimento. Ela criticou a morosidade nas negociações com o governo, apelidando a mesa de negociação de “mesa de enrolação”, devido à postura do governo em deixar os trabalhadores da educação por último nas discussões. Angela convocou a categoria a participar da paralisação em 22 de fevereiro, enfatizando a importância do ato na reitoria da UFJF como forma de pressionar o governo e mostrar que a categoria não aceitará ser deixada de lado.
Além da pauta nacional sobre a reestruturação da carreira dos TAEs, a assembleia da UFJF aprovou a inclusão de uma pauta local cobrando a implantação do Programa de Gestão e Desempenho (PGD) na universidade, solicitando uma divulgação mais detalhada das atividades do comitê técnico, e das pautas que ainda serão debatidas nas reuniões do mesmo.
Como parte das atividades de paralisação, está programado para a data, um ato às 9h na reitoria da UFJF, com concentração a partir das 5h30, com o objetivo de debater as pautas local e nacional da paralisação e fortalecer a mobilização dos trabalhadores técnico-administrativos em educação.
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